É comum ouvir que o Brasil precisa promover ampla renovação política. A premissa sobre a qual se apoia esta meta é a de que convivemos com velhos costumes e métodos, alguns deles datados dos tempos iniciais da colonização. Estamos todos de acordo: mudar é preciso. Ocorre que nenhuma transformação, para obter níveis razoáveis de institucionalização, pode ser realizada da noite para o dia. A mudança política demanda tempo e reflexão. Portanto, para que o processo político brasileiro comece a receber oxigênio, é necessário que plantemos as sementes. E as sementes estão nos jovens. Precisamos olhar com mais atenção para o papel do jovem na sociedade. Para termos ideia de sua importância, basta atentarmos para o fato de que, nas eleições de outubro de 2020, os brasileiros entre 16 e 24 anos formarão um contingente de mais de 5 milhões eleitores.
No cotidiano dos jovens, percebe-se nas discussões sobre política, que há variações de ideias e visões. Alguns estudantes entendem política como meio de formação social e pessoal, enquanto outros vêm a política como luta pela garantia de direitos, outros ainda como desgaste, descrédito, sem capacidade de atender os anseios do povo. Nota-se uma juventude insatisfeita com seus representantes.