Neste ano foi realizada a II Marcha das Mulheres Indígenas. Tendo início no dia 7 de setembro e se estendendo até o dia 11 de setembro, teve como tema: “Mulheres originárias: reflorestando mentes para a cura da Terra.” A primeira edição desse evento ocorreu em 2019. Por conta da pandemia, não houve realização em 2020.
A Marcha, deste ano, estava marcada para o dia 9 de setembro, porém devido a grupos extremistas de direita que estavam armados na esplada pelos protestos de 7 de setembro, a marcha foi remarcada para o dia 10 de setembro.
No trecho lançado do Manifesto Reflorestarmentes, a Articulação das Mulheres Indígenas Guerreiras da Ancestralidade (ANMIGA), escreve que: “É necessário e urgente nos reconectarmos com a Mãe Terra, pois essa é a única forma de mantermos nossos corpos vivos – e é essencialmente sobre a vida e o bem-viver que falamos quando colocamos o movimento Reflorestarmentes ao conhecimento e ao acesso de todas e todos. Fazemos isso diante da sobreposição sem precedentes de emergências que vivemos nos tempos de hoje. Em todos os países do planeta, os impactos da crise climática e ambiental associados aos efeitos da maior pandemia da história geram montantes assombrosos de mortos e novas hordas de excluídos e flagelados. A fome, o desemprego, o racismo, a LGBTFOBIA, o machismo colocam milhões de pessoas em uma situação de vulnerabilidade extrema e esgotam seus recursos para se protegerem. Estes são resultados de um projeto exploratório insustentável, que empurra todo o mundo a um ponto de não-retorno, comprometendo a própria continuidade de nossa existência no planeta Terra. Este caminho de morte e destruição: este caminho não queremos e nem podemos trilhar.”
De acordo com os organizadores, cerca de 5 mil mulheres de mais de 172 etnias indígenas estavam acampadas próximo à Fundação Nacional de Artes (Funarte), a 5 quilômetros da Praça dos Três Poderes.O grupo acompanhou também a votação do Marco Temporal, pelo Supremo Tribunal Federal (STF) . O ministro Edson Fachin, relator do processo, em voto histórico, se posicionou contra o marco temporal.
O presidente do Partido Verde, José Luiz Penna, no dia da votação, se pronunciou por meio das redes sociais dizendo que: “Seguimos atentos e na luta contra essa ação inconstitucional, irresponsável e genocida do Governo Federal.
Com informaçãoes da anmiga.org