Negócios europeus não devem ser cúmplices no ecocídio da Amazônia
Um novo relatório da Amazon Watch mostrou que as empresas européias desempenharam um papel direto no financiamento de empresas que alimentam a destruição da Amazônia brasileira sob o novo presidente do país, Jair Bolsonaro.
O membro do Comitê Europeu do Partido Verde, Tom Waitz, fez o seguinte comentário em resposta ao relatório:
“Não se pode permitir que firmas européias sejam cúmplices na destruição da floresta amazônica, o que não é apenas uma maravilha natural, mas também uma das nossas maiores garantias contra a espiral dos gases do efeito estufa.
“Bolsonaro é um renomado cético do clima e não pode ser confiado para proteger a preciosa floresta tropical do Brasil contra interesses comerciais inescrupulosos. Sob sua vigilância, enquanto houver incentivos financeiros lucrativos, como a exploração da pecuária e a produção de soja, a floresta tropical será saqueada.
“A Europa deve agir para garantir que não seja um parceiro no crime neste ato imperdoável de ecocídio. As empresas européias precisam lidar com as empresas brasileiras que violem os padrões de proteção ambiental e ponham em risco as populações indígenas. A Comissão Europeia e os Estados-Membros devem também recusar o acesso a concursos públicos para as empresas que não respeitam as normas ambientais. Não podemos gastar bilhões de dinheiro dos contribuintes lutando contra a mudança climática enquanto simultaneamente investimos em empresas que continuam a explorar nosso ambiente natural. Garantias devem ser postas em prática para que nem os produtos vendidos na UE, nem os mercados financeiros que os sustentam, estejam destruindo a floresta tropical que é crucial para o ecossistema global. ”
Contexto: O relatório detalha uma série de importantes compradores e investidores corporativos europeus que têm laços comerciais com empresas brasileiras inescrupulosas. Entre as empresas estão dezenas de investidores de marca, incluindo o Credit Suisse, o Commerzbank, o BNP Paribas e o Barclays, além de gestores de ativos como BlackRock e Vanguard. Os resultados revelam o papel dos atores econômicos estrangeiros na condução da expansão agroindustrial em florestas tropicais.