A delegação da Fundação Verde Herbert Daniel (FVHD) recebeu em Lisboa, na terça, 27, informações sobre o funcionamento de projeto de carro elétrico em Portugal que deve ter similar em breve na região de Jundiaí, SP. “O estado de São Paulo se comprometeu em reduzir suas emissões de carbono em 20% até 2020 sobre a base das emissões de 2005 e o projeto contribuiria com essa meta”, afirmou Marco Antonio Mroz, presidente da FVHD.
O grupo passou a manhã recebendo informações do funcionamento do projeto implantado em Portugal, e no período da tarde realizou visita in loco para conhecer locais de abastecimento de energia implantados em Lisboa. Na ocasião a delegação pode também dirigir os automóveis elétricos.
As grandes vantagens dos automóveis movidos à energia elétrica são a baixa manutenção do veículo e o baixo custo da energia utilizada, se comparado com os modelos tradicionais. A desvantagem fica por conta de sua limitada autonomia, que possibilita trajetos de, no máximo, 150 km com uma carga de bateria completa. “Estamos trabalhando em pesquisas, e acreditamos que até 2015 já teremos baterias que possibilitem trajetos de 300 km”, afirma Emanuel Louro da Silva, presidente do conselho de administração do grupo Intermoney Portugal sfc.
Além desses benefícios diretos para o bolso do consumidor, o veículo tem amplas vantagens ambientais: não emite poluentes no ar e o ruído é praticamente inaudível, o que possibilita uma melhora na qualidade do ar e uma diminuição da poluição sonora das cidades.
Para implantar um sistema que se viabilize é necessário fazer com que as pessoas sintam segurança para migrar de seus modelos tradicionais movidos à combustível para os modelos elétricos. É necessário criar uma rede de abastecimento e um sistema que seja universal. “Não adianta cada montadora criar um motor que esteja apto a ser abastecido somente num determinado ponto de abastecimento. O sistema precisa ser universal”, ressaltou José Magro, Coordenador do projeto piloto para o Brasil da Intermoney Portugal sfc.
No período da tarde o grupo conheceu locais de abastecimento do automóvel em Lisboa, e sanou a dúvida quanto à possível demora no momento do abastecimento. “É possível completar a carga da bateria em aproximadamente 15 minutos”, disse Silva. Essa forma de abastecimento é um pouco mais cara, pois trabalha com um dispositivo que acelera o carregamento.
Na residência da pessoa, como geralmente há mais tempo para realização do processo, será apenas o custo normal da energia que sai da tomada, aproximadamente 1/6 do valor de abastecimento de um modelo que possua motor de combustão.
O sistema conta com um local para se passar um cartão magnético semelhante a um cartão de crédito convencional. Ele libera o fluxo de energia através de um cabo que se conecta a um encaixe no veículo. Portugal conta hoje com uma rede de abastecimento espalhada pelas principais rodovias do país, responsável pelo carregamento das baterias dos milhares de carros elétricos que já circulam pelas ruas do país.
Os integrantes da delegação da FVHD observaram o motor dos automóveis e puderam realizar um test drive pelas ruas da capital. “Não há ruído, e a aceleração é semelhante a de um automóvel movido à combustão”, observou Aluízio Paredes, integrante da delegação.
A delegação segue nesta quarta-feira, 28, para Dacar, no Senegal, onde participa do III Global Greens.
Por : José Paulo Toffano/blog da FVHD