Oficializado neste sábado candidato do PV à Presidência da República, o ex-secretário municipal de Meio Ambiente de São Paulo Eduardo Jorge criticou a postura da presidente Dilma Rousseff de se “esconder” na área VIP do Itaquerão, em São Paulo, na abertura da Copa do Mundo.
“Ela ficou amedrontada, escondida, mudinha. Não é postura de uma chefe de Estado”, disse, ao discursar na convenção, que também anunciou Célia Sacramento, vice-prefeita de Salvador, como vice.
Para o presidenciável, Dilma errou ao se esconder com medo de vaias, mas a postura dos torcedores, de xingá-la, também foi inadequada. “Aquilo é agressão, é violência. Vaiar é coisa normal, qualquer político sabe disso. Mas, daquela forma, foi um comportamento bárbaro”, afirmou.
Jorge buscou se diferenciar de outros dois candidatos da oposição a Dilma – o senador Aécio Neves (PSDB-MG) e o ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos (PSB) –, que disseram que a presidente “colheu aquilo que plantou”. “Dois candidatos pisaram na bola feio porque flertaram com o xingamento. Depois, quando viram que a repercussão foi negativa, correram depois para corrigir. O PV não faz isso”, disse.
O candidato ainda buscou na Copa uma analogia para dizer que tem chances de ir bem na eleição, ao citar o jogo entre a campeã da edição anterior do torneio, a Espanha, com a Holanda na sexta-feira. “Um supercampeão, um super-time, perdeu de 5 a 1. É bom que os grandes times, tidos como favoritos, botem as barbas de molho e não entrem de salto alto para não levar de goleada”, afirmou.
Fonte : Valor