No primeiro discurso como candidato do PV à Presidência da República, o ex-secretário municipal de Meio Ambiente de São Paulo Eduardo Jorge defendeu uma redistribuição dos recursos da União para os Estados e municípios, mudanças na matriz energética do país e a criação de um imposto único.
“Os municípios têm que ficar de pires na mão, rezando para que a presidente da República lhes dê uma maquinazinha ou um dinheirinho para a Santa Casa. O país não pode mais ser pensado a partir de Brasília”, disse.
Jorge defendeu a reforma política com base em três pontos: voto facultativo, sistema distrital misto com lista fechada e plebiscito para decidir sobre a implementação do parlamentarismo. Segundo ele, hoje, os deputados e senadores pensam primeiro nos interesses de lobbies econômicos e sindicais, e só depois na população que os elegeu.
O candidato do PV disse ainda que o país não pode mais ser dependente do petróleo e da construção de grandes hidrelétricas. “A presidente, que é especialista em energia, disse que a energia eólica é de boutique. Como pode? Não sou profeta, mas seguramente em 30 anos esse será um dos tipos de energia mais importantes do mundo”, afirmou.
A convenção do PV ocorreu na sede nacional do partido, em Brasília. A vice-prefeita de Salvador, Célia Sacramento (PV), será a vice da chapa, que deve disputar sem nenhuma coligação. Em pesquisa Sensus divulgada neste sábado pela revista Isto É, Jorge aparece em nono lugar nas intenções de voto, com 0,4% de participação. Na pesquisa anterior, de abril, o candidato do PV não havia pontuado.
Fonte : Valor