“A eleição de Donald Trump, pelos interesses que ele representa, deve ter impacto sobre a ação climática dos Estados Unidos. Isto posto, a agenda climática deixou de depender de apenas um país, como no passado. O Acordo de Paris já tem 102 ratificações, além da americana, e esses países não vão esperar pelos EUA para agir, porque isso é interesse deles. Uma economia inteira baseada em energias renováveis está em movimento no mundo, e representa uma fatia crescente do PIB e da geração de empregos nos próprios EUA. As convicções pessoais de Trump terão, em alguma medida, de se enquadrar a essa realidade.” – Carlos Rittl, secretário-executivo do Observatório do Clima
“Por mais chocante que seja o resultado da eleição, e por mais que o vencedor já tenha professado seu desamor por diversos valores da democracia, um sistema democrático inclui a alternância de poder, e isso é saudável. Esta eleição, num momento em que a ação contra as mudanças climáticas no mundo finalmente começou a atingir a economia real, dá aos republicanos a chance de se reconciliarem com o resto do mundo e com a vida real. E, na vida real, continuamos batendo recordes de temperatura e de eventos extremos, que atingem democratas e republicanos sem distinção.” – André Ferretti, gerente de Estratégias de Conservação da Fundação Grupo Boticário e coordenador-geral do Observatório do Clima.
Fonte : OC