As eleições presidenciais dos Estados Unidos oferecem muitas opções para aqueles que se recusam a votar na democrata Hillary Clinton ou no republicano Donald Trump. Na verdade, os eleitores têm este ano centenas de candidatos para escolher — na Comissão Eleitoral Federal há mais de 1.800 candidaturas registradas, embora muitas sejam de pessoas que aparentemente não fizeram campanha de fato.
Além de Hillary e Trump, apenas outros dois aparecem nas pesquisas de intenção de voto: o do Partido Libertário, Gary Johnson, e a do Partido Verde, Jill Stein.
Jill Stein
Jill Ellen Stein, de 66 anos, é médica, foi professora de Medicina em Harvard e também concorreu à presidência em 2012. Com quase 470 mil votos (0,36% do total), ela é a mulher mais votada para o cargo até hoje. Seu único cargo público por enquanto foi como vereadora em Lexington, mas ela também já concorreu a deputada e duas vezes ao governo do estado de Massachusetts.
Ela se tornou ativista no final dos anos 90, quando intensificou sua preocupação na relação entre a saúde das pessoas e o ambiente no qual elas vivem. Desde então passou a participar de protestos e testemunhou perante diversas comissões governamentais que analisavam riscos de contaminação e impacto ambiental de projetos.
O ponto central de sua campanha é cancelar as dívidas de estudantes universitários, concedendo anistia a milhares deles em todo o país. Ela também promete expandir medidas de proteção ao meio ambiente, direitos LGBT e reduzir desigualdades salariais entre homens e mulheres.
Stein, porém, também tem algumas opiniões polêmicas. Ela defende, por exemplo, uma nova investigação sobre o 11 de Setembro, dizendo que é preciso “descobrir a verdade” por trás dos atentados terroristas, e é criticada por cientistas por declarações já feitas sobre vacinas e wi-fi.
Primeiro a candidata disse em seu perfil no Twitter que “não há evidência” que exista uma relação entre vacinas e autismo, mas depois de um tempo mudou o discurso para “não estou ciente de evidências ligando autismo a vacinas”. Atualmente, no entanto, ela diz que defende a vacinação de todas as crianças. Quanto ao wi-fi, em um evento com mães e professoras, ela afirmou que é preciso afastar as crianças das telas o máximo possível e, ao ser perguntada sobre redes sem fio, disse que “não deveríamos sujeitar os cérebros das crianças a elas”.
Jill Stein é casada, tem dois filhos adultos e se considera agnóstica. Ela se aposentou como médica em 2005 e deixou de dar aulas em 2006, dedicando-se exclusivamente ao ativismo e à política desde então. Mora em Lexington, Massachusetts.
Fonte : com/G1