A Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Câmara Municipal recebeu em uma audiência pública o secretário municipal do Meio Ambiente, Renato Eugenio de Lima, e o procurador geral do município, Joel Macedo Pereira Neto. Desenvolvimento sustentável, interação com a região metropolitana e destinação do lixo foram alguns dos temas debatidos com os parlamentares.
A discussão, que ocorreu na tarde desta terça-feira (12), no plenário da Casa, contou com a presença da bancada do Partido Verde no Legislativo. Além do vereador Aladim Luciano, membro da Comissão, estava presente o presidente da Câmara Municipal, vereador Paulo Salamuni (PV), que indicou a instalação da Comissão como um sonho realizado pelo Legislativo. Renato Lima, que é filiado ao Partido Verde, destacou a importância do tema e a contribuição que os parlamentares podem dar nesta área em Curitiba.
Em sua fala, o secretário de Meio Ambiente traçou um panorama sobre a atuação da pasta e os principais problemas na capital. Ele destacou que não há outra alternativa para o futuro da cidade que não o desenvolvimento sustentável. “Queremos mais desenvolvimento, mas de que tipo? Precisamos mudar o rumo da cidade”, frisou. Também foi indicada a necessidade de se investir em educação ambiental e conscientização da população para este tema.
Alguns dos problemas citados por Renato Lima foram a conservação insuficiente dos recursos naturais do município, obras inacabadas, esgotos a céu aberto, população crescente nas favelas e aumento do número de desastres naturais. Outro assunto comentado foi a poluição causada pelos meios de transporte. “A velocidade dos ônibus e carros está diminuindo. Isso significa que a população está crescendo e a poluição está aumentado”,destacou.
O gestor apresentou um mapa com a evolução das áreas ocupadas em Curitiba no decorrer do último século e salientou que a cidade não possui mais área rural. Por esta razão, reforçou a necessidade de haver maior interação com a Região Metropolitana, já que a poluição causada em uma cidade é sentida por diversos outros municípios, principalmente em termos hídricos.
Lixo
Em relação a situação do lixo, o titular da pasta informou que o município gasta por mês uma média de R$ 15 milhões com a coleta, transporte e destinação final. Do montante, 75% referem-se à coleta e transporte dos resíduos. O restante é usado para a destinação do material em aterros sanitários contratados provisoriamente.
Já o procurador geral explicou sobre a licitação para o consórcio do lixo, o chamado Sistema Integrado de Processamento e Aproveitamento de Resíduos (Sipar), travada na justiça desde 2010. Ele revelou que cerca de 60 ações judiciais foram impetradas contra a concorrência. Na época, quatro empresas foram classificadas, mas o Tribunal de Contas desclassificou os dois primeiros colocados devido a erros no edital do certame, que previa a coleta, transporte, tratamento e reciclagem dos resíduos.
Estiveram presentes os demais membros da comissão, Felipe Braga Côrtes (PSDB), Helio Wirbiski (PPS) e Jairo Marcelino (PSD). Compareceram ainda os vereadores Dirceu Moreira (PSL), Mauro Ignacio (PSB), Pier Petruzziello (PTB), Professora Josete (PT), Serginho do Posto (PSDB), Tiago Gevert (PSC) e Tico Kuzma (PSB).
Foto – Anderson Tozato