O ministro do Meio Ambiente, Sarney Filho, assinou aditivo ao convênio firmado com a Federação das Comunidades de Matriz Africana do Maranhão –Autac com o objetivo de melhorar a renda, saúde e a segurança alimentar em comunidades quilombolas no Maranhão. Dentro das ações já em curso, está a formação de 210 Agentes Populares de Educação Ambiental na Agricultura Familia, para apoiar a implementação de sete projetos comunitários de educação ambiental, com prioridade para a formação de mulheres e jovens de comunidades quilombolas.
Os recursos, no total de R$ 750 mil, foram repassados pelo Fundo Nacional do Meio Ambiente (FNMA), do Ministério do Meio Ambiente a Autac, com sede em Codó.
De acordo com o ministro, o MMA quer motivar os jovens dessas comunidades a permanecerem em suas terras, ao contrário do que vem ocorrendo. “Em que pese a relação harmônica que eles têm com a terra, vemos hoje que está havendo um êxodo crescente em direção às periferias das cidades, que não oferecem acesso aos empregos que desejam”, afirmou Sarney Filho.
Embora disponham de terra para cultivar, as comunidades quilombolas enfrentam uma difícil realidade. Por falta de técnicas de cultivo adequadas, inclusive com o uso indiscriminado de agrotóxicos os quilombolas não estão produzindo o suficiente para garantir a segurança alimentar das famílias. Soma-se a esta realidade, a dificuldade de acesso ao conjunto de políticas públicas disponibilizadas hoje pelos governos, federal, estaduais e municipais e, ainda, de documentos básicos, como carteira de identidade e título de eleitor.
“Para enfrentar a situação, o projeto busca aumentar a produtividade da terra, por meio do resgate de técnicas tradicionais menos agressivas e disseminar e implementar novas tecnologias sociais, baseadas na agroecologia, agricultura biodinâmica e natural e na permacultura”, explicou Sarney Filho.
Os resultados esperados, acrescentou o ministro, visam oferecer alimentos suficientes e naturais para a correta alimentação das comunidades e produção de excedentes para gerar a renda necessária.
Fonte : Sarney Filho