De volta ao exercício do mandato parlamentar, depois de exercer a função de secretário de Turismo do Estado de São Paulo por 1 ano e 3 meses, o deputado Roberto de Lucena (PV-SP) ocupou a tribuna da Câmara, na quinta-feira, 7, para prestar uma homenagem às vítimas da tragédia na Escola Tasso da Silveira, em Realengo, Zona Oeste do Rio de Janeiro, ocorrida há 5 anos, onde 12 crianças, com idades entre 13 e 16 anos, foram brutalmente assassinadas.
À época da tragédia, Roberto de Lucena esteve em Realengo para visitar as famílias enlutadas, e, na ocasião, ele acionou o Estado do Rio de Janeiro pela negligência com que tratou as vítimas.
“Hoje, no Dia Mundial da Saúde, dia 7 de abril de 2016, 5 anos depois, faço questão de reproduzir a declaração da minha amiga Adriana, mãe de Luiza Paula, de 13 anos, morta nesse massacre, que preside a Associação Anjos de Realengo: Nada foi feito, nada mudou. O verdadeiro culpado é o poder público, que não tomou providências antes nem depois. Dentro das escolas, as crianças têm que estar seguras. Minha filha pagou com a vida. Para mim, não foi fatalidade. Quantas crianças — diz Adriana — terão que pagar com a vida para que haja mudanças?”, disse o deputado, visivelmente emocionado.
Lucena lamentou a brevidade com que a tragédia caiu no esquecimento, e disse que a data é oportuna não só para recordar Realengo, mas também para assumir posições e compromissos, e, principalmente, fazer reparações.
“Aqui hoje, em nome de Thayane Tavares Monteiro, hoje com 18 anos, sobrevivente numa cadeira de rodas — uma menina especialíssima, uma guerreira –, e do Mateus, também sobrevivente, meu querido amigo, manifesto ao povo de Realengo, no Rio de Janeiro, meu respeito e os meus sentimentos. Prometo a vocês reativar a Frente Parlamentar de Combate ao Bulling nesta Casa, que fundei e presidi na Legislatura passada, e continuar nossa luta pela paz nas escolas do Brasil”, finalizou Lucena.
No dia 7 de abril de 2011, às 8h15, o ex-aluno Wellington Menezes entrou no colégio e fez pelo menos 60 disparos com dois revólveres em direção aos alunos de duas salas de aula, matando dez meninas, dois meninos e deixando 12 adolescentes feridos. Após ser baleado na perna pelo policial militar Márcio Alves, Wellington suicidou-se.
Assessoria de comunicação Lid/PV
Foto: Agência Câmara