Aspásia criticou a gestão do atual prefeito da cidade Eduardo Paes (PMDB), que tenta a reeleição
Foto: Cirilo Junior /Especial para Terra
A candidata do Partido Verde (PV), Aspásia Camargo, iniciou a campanha eleitoral em busca da prefeitura do Rio de Janeiro com ato no Centro da cidade, e propôs que veículos particulares sejam proibidos de circular pela região. Para ela, somente veículos coletivos devem passar pelas ruas do coração da região central, como a Avenida Rio Branco. Aspásia destacou ainda que, caso seja eleita, pretende propor a implementação de veículos circulando sobre trilhos por ali.
“Há muito que se anuncia e ninguém resolve essa questão de liberar o Centro, como fez Londres, do transporte individual. Os carros não deviam ter acesso a esse espaço tão magnífico, tão importante para o turismo e para nós, cariocas. Todo mundo circula por aqui o tempo todo. Realmente, deve-se ter ousadia e liberar o Centro dos automóveis, colocando aqui bondes, que podem ser Veículos Leves sobre Trilhos (VLTs)”, declarou, criticando o prefeito Eduardo Paes (PMDB), que, segundo ela, deveria ouvir mais especialistas para pensar e viabilizar soluções para o transporte da cidade.
Aspásia Camargo fez alerta ainda a respeito da má conservação estrutural do Centro, especialmente de prédios antigos e da rede subterrânea. Segundo ela, o subsolo da região é um “verdadeiro barril de pólvora”, onde estão misturados diversos fios e serviços, que muitas vezes são incompatíveis.
“É preciso fazer intervenções na infraestrutura urbana, melhorar a questão da limpeza, e trocar a rede subterrânea. Sem contar os prédios que estão desabando. Hoje teve esse incêndio (em Copacabana), e não é por acaso. A cidade incendeia a cada semana, há prédios que despencam”, comentou.
É no Centro que se localiza o tradicional e centenário Theatro Municipal, administrado pelo governo estadual. Aspásia observou que a prefeitura deveria ser responsável pelo gerenciamento do teatro. Ela aproveitou para destacar a importância de se valorizar o setor cultural na cidade, que para a candidata, está abandonada.
“Penso na indústria criativa aqui. Para muitos governantes, a cultura é uma espécie de enfeite, que fica penando, literalmente, como uma alma penada. Esse centro, esse corredor cultural tem enorme valor, inclusive econômico, não só para o turismo, mas para tudo que diz respeito a espetáculos, atividades, gastronomia”, completou.
Fonte : Terra notícias