Se você é um defensor do meio ambiente e mora no Brasil vai precisar reforçar a segurança. O país sul-americano é o que mais mata ativistas e defensores da natureza. É o que diz levantamento realizado pela ONG Global Witness, informando que de 207 ambientalistas mortos, 57 eram brasileiros.
De acordo com o levantamento, 80% dos assassinatos eram de defensores da Amazônia. Dissecando ainda mais estes números, sete casos foram de massacre, mais de quatro defensores foram mortos ao mesmo tempo. Só no Brasil foram três chacinas, ou seja, 25 pessoas mortas.
A maioria dos homicídios é resultado de lutas por terras, em especial em função do agronegócio, seguido da mineração e do extrativismo (respondendo por 40 assassinatos). No mundo todo, 46 pessoas foram mortas em função de protestos contra a agricultura. No Brasil foram 12.
Entre os agravantes, segundo o relatório, a impunidade e a corrupção exercem grande influência no crescimento destes dados. Assim como em outras partes, no Brasil, os autores dos crimes permanecem soltos.
“No papel, o Brasil tem tudo para defender os defensores, mas, na prática, o governo brasileiro nunca implementou o programa de proteção aos defensores. Não só não implementa as medidas como debilita as instituições e protege as grandes corporações”, disse BuzzFeed News o autor do relatório da Global Witness, Ben Leather.
Ao pensar em assassinatos envolvendo a defesa do meio ambiente dois nomes saltam aos olhos. A missionária Dorothy Stang e o ambientalista Chico Mendes foram assassinados por causa da constante atuação contra o desmatamento e a invasão ilegal de terras.
Fonte: hypeness.com