No último sábado (07), o Partido Verde (PV) do Rio Grande do Sul (RS), protestou contra a criação de uma estação de carvão na região. “Foi um dia de mobilização estadual do Partido Verde, em especial, na região metropolitana de Porto Alegre/ RS. Um dia de protesto contra o projeto do governo do estado, que quer instalar próximo a cidade de Guaíba uma mina de carvão a céu aberto”, disse o presidente estadual do PV/RS, Marcio Souza.
O dirigente explicou que entre 15 e 20 dias atrás, foi impetrada uma liminar, a pedido de vários movimentos sociais, que proibiu a continuação do licenciamento da mina. Um dos motivos, é a falta de resposta da empresa responsável sobre os impactos do projeto no estado. “Embora as mais de 6 mil páginas apresentadas pela Copelmi [Mineração LTDA], que está à frente da estação de carvão e tem majoritariamente capital chinês, [a empresa] não conseguiu responder questões importantes como a não poluição do solo, das águas subterrâneas e do ar”, afirmou Souza.
O presidente ratificou o compromisso do PV de impedir mais esse ataque ao meio ambiente, à população do RS e alertou sobre o desastre de proporções gigantescas e irreversíveis que pode ocorrer caso o negócio se concretize. “O Partido Verde é mais um desses movimentos que buscam conscientizar a população e fazer com que a opinião pública se coloque contra esse investimento. Para se ter uma ideia, o lençol freático e o chamado Aquífero Guarani, que é a maior reserva de água do mundo, podem ser poluídos pelos resíduos que permeiam o solo da extração desse carvão”, esclareceu.
Pra finalizar, Souza falou sobre outras alternativas ao carvão. O verde também explicitou que até empresas que poderiam se beneficiar com a estação desistiram de participar. “Existem tecnologias muito mais avançadas em produção de energia como a eólica e a fotovoltaica (solar). Embora, parte daquilo que se extrai daquela mina seja utilizado por uma [porção] da indústria que produz por exemplo fertilizantes, as próprias empresas que utilizariam isso já abandoaram o projeto. Então, é inclusive questionável a oportunidade econômica do negócio”, concluiu o presidente verde.
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