Ativistas do Greenpeace realizaram um protesto em Viena para pedir o fim da construção de hidrelétricas na Amazônia
Hoje, 10 de novembro, ativistas do Greenpeace Áustria fizeram um protesto no 19º Seminário Internacional de Hidrelétricas, uma conferência que reúne as principais empresas do setor. Buscando conscientizar sobre a devastação causada pelas hidrelétricas na Amazônia, eles pediram para que as empresas não participem de futuros projetos na região. Durante a atividade, abriram uma faixa com os dizeres, em inglês: “não destruam a Amazônia para construir hidrelétricas!”
O povo Munduruku, um dos principais atingidos pela construção de barragens no rio Tapajós, está lutando contra o barramento dos rios e pela proteção de seu território. Mais de 1,2 milhão de pessoas ao redor do mundo já se juntaram a essa luta. Em agosto de 2016, o processo de licenciamento da principal hidrelétrica a ser construída na região foi cancelado, o que foi um importante passo para a proteção do coração da Amazônia. No entanto, ainda existem pelo menos outras 40 hidrelétricas planejadas ou em estágio avançado de construção somente na bacia do rio Tapajós.
As hidrelétricas construídas em biomas frágeis como a Amazônia impactam gravemente a biodiversidade e a vida dos povos da floresta, sem falar que também podem emitir quantidades consideráveis de gás carbônico contribuindo com as mudanças climáticas.
Grandes empresas que detêm a tecnologia para a construção de hidrelétricas, como a Siemens, GE e a Andritz não se distanciaram desses projetos e ainda podem se envolver com a construção dessas novas barragens. O Greenpeace pede para que elas se comprometam a publicamente a não participar das hidrelétricas na Amazônia.
É possível garantir a energia que o Brasil precisa sem condenar a Amazônia, sua biodiversidade e seus povos tradicionais. Em vez de contribuir com a destruição da floresta e a violação de direitos, o governo brasileiro e as empresas deveriam ajudar o país a desenvolver um futuro de energia renovável e verdadeiramente limpa, como a eólica e a solar.
Fonte: Greenpeace