Eduardo Jorge também reafirmou, como está no seu programa de governo, reduzir de 39 para 14 os ministérios do governo federal, caso seja eleito
O candidato à Presidência da República pelo PV, Eduardo Jorge, afirmou nesta segunda-feira que mantém a sua proposta de fusão das duas casas parlamentares do Brasil, o Senado e a Câmara. De acordo com ele, essa seria uma das medidas para mudar a forma de fazer política no País, assim como o fortalecimento dos municípios no foco das políticas públicas. Eduardo Jorge também reafirmou, como está no seu programa de governo, reduzir de 39 para 14 os ministérios do governo federal, caso seja eleito.
O candidato criticou as regalias que os políticos têm atualmente. “Cada vez mais o político se afasta do povo com suas mordomias. Isso tem que acabar, porque atrapalha”, afirmou, durante entrevista da série Entrevistas Estadão. “Para que deputado precisa de tantos assessores como hoje? Ele precisa é estudar, porque a maioria não estuda, não sabe quais são os projetos mais importantes”, disse.
Eduardo Jorge ainda reclamou da situação dos homens públicos atualmente, que, segundo ele, fizeram da política uma espécie de carreira. “Política não é profissão”, afirmou. “Política no Brasil virou negócio.”
Ele também disse que existe a necessidade de reforma no Partido Verde. “É verdade que o PV foi enferrujado pela política brasileira. O PV também sofreu esse processo de corrosão da política de representação. Ele precisa ser democratizado e seguir a reforma que eu estou propondo ao Estado Brasileiro e a política representativa do País”, disse, durante entrevista da série Entrevistas Estadão. “O PV precisa ser reformado e se depender de mim essa campanha serve para isso”, completou.
Jorge afirmou que esse processo de corrosão na política acontece em todos os partidos e defendeu uma forma nova de governo. “É necessário se adaptar a um novo tipo de política no Brasil, que aproxime a política de representatividade com uma maior participação da população. Mas não substituir pela política participativa direta, e sim uma contribuição”, afirma.
Programa
O candidato disse ser natural que seu programa de governo tenha algum distanciamento de algumas posições do Partido Verde, mas minimizou essas diferenças. “Eu sou novo no PV, ainda aprendiz no ambientalismo. E tudo que está no programa, desde março deste ano, foi pesquisado nos programas de fundação do PV, nos congressos internacionais, apenas com alguma atualização minha”, disse.
Ainda nesta semana serão entrevistados os candidatos do PSC, Pastor Everaldo, na quarta-feira, 20, e do PSOL, Luciana Genro, na sexta, 22. Os outros candidatos serão entrevistados nas semanas seguintes.