Segundo levantamento do G1, o portal de notícias da Globo, manifestantes foram para as ruas em 198 cidades, incluindo as capitais. Os protestos começaram cedo.
Professores e alunos de universidades e escolas públicas e privadas de todo o país protestaram nesta quarta-feira (15) contra os cortes na educação. Segundo levantamento do G1, o portal de notícias da Globo, brasileiros foram para as ruas em 198 cidades, incluindo todas as capitais. As manifestações começaram cedo.
A concentração em Brasília foi na Esplanada dos Ministérios. Eram 50 mil pessoas, segundo o Sindicato dos Professores; seis mil de acordo com a Polícia Militar.
Com carro de som, faixas e bandeiras, os manifestantes ocuparam a pista e caminharam até o Congresso Nacional. Alunos, professores, funcionários da Universidade de Brasília gritaram palavras de ordem contra a decisão do governo de cortar verbas da educação.
Depois da parada em frente ao Congresso Nacional, e de mais de três horas de protesto, os manifestantes continuaram a marcha pelo outro lado da Esplanada dos Ministérios e também pararam em frente ao Ministério da Educação. A Força Nacional ficou na frente do MEC para garantir a segurança, mas, em todo o trajeto, a manifestação foi pacífica.
Depois da dispersão da maioria, um princípio de tumulto: um pequeno grupo fechou a pista da Esplanada e começou a tacar fogo em pedaços de madeira. Rapidamente foi contido pela polícia.
Em São Paulo, funcionários, estudantes e professores da USP bloquearam o trânsito na Cidade Universitária. Universidades particulares, como a PUC, aderiram ao protesto. O Instituto Federal de São Paulo, que tem cursos técnicos, parou. Estudantes de escolas públicas e colégios particulares também foram para as ruas.
No interior, teve manifestação dentro do campus da Unicamp, com apoio de funcionários da reitoria. De lá, os manifestantes se juntaram à maior concentração, no centro da cidade. Segundo os organizadores eram mil pessoas; a PM contou 2.400 manifestantes. O protesto também foi contra a reforma da Previdência.
No Rio de Janeiro, uma das concentrações foi no Largo do Machado, na Zona Sul; outra, aconteceu em frente ao Hospital Universitário na Ilha do Fundão.
Em Belo Horizonte, alunos e professores saíram em passeata. Em frente à Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais também teve protesto.
Em Porto Alegre, teve confusão durante a manifestação em frente à Faculdade de Educação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. A polícia usou bombas de gás lacrimogêneo e de efeito moral para dispersar os cerca de 200 alunos e professores, que tinham fechado uma avenida da capital gaúcha. Houve correria, ninguém ficou ferido.
Em Curitiba, cerca de 20 mil pessoas, segundo os organizadores, foram para frente do prédio histórico da Universidade Federal do Paraná. A Polícia Militar não divulgou números.
Em Campo Grande, dez mil pessoas, segundo os organizadores, participaram da manifestação. Também houve protesto em outras cidades de Mato Grosso do Sul como Dourados e Corumbá.
Às 7h, manifestantes já estavam nas ruas do centro de Natal. Em Aracajú, o protesto também começou cedo. Eram 27 mil pessoas, segundo os organizadores. A PM não divulgou números.
A manifestação em Salvador reuniu 50 mil pessoas, segundo os organizadores. A polícia não divulgou um balanço. A Bahia também teve protestos em Feira de Santana, Vitória da Conquista e Ilhéus.
Em Fortaleza, alunos e professores calculam que cem mil pessoas fecharam um dos principais acessos à Universidade Federal do Ceará. A polícia diz que foram duas mil.
Uma caminhada marcou o dia de protesto em Manaus. Segundo a PM eram cerca de 300 pessoas. E em Belém, faixas e cartazes contra os cortes da educação encheram a Praça da República. O protesto também foi contra a reforma da Previdência.
No interior do Pará, manifestantes também foram para as ruas em Paragominas. Em Marabá, os manifestantes fizeram uma caminhada pelo trecho da Transamazônica que corta a cidade.