Plataforma lançada pelo governo federal na COP 22 envolverá 20 países em ações com foco no corte de emissões no setor de transportes.
O governo federal inaugurou nesta quarta-feira (16/11) um mecanismo para promover o uso de biocombustíveis no Brasil e no mercado internacional. O lançamento da Plataforma para o Biofuturo ocorreu na 22ª Conferência das Partes (COP 22) sobre mudança do clima, em Marrakech, no Marrocos. A medida inclui um total de 20 países, entre os mais relevantes para o setor. O objetivo é promover o corte de emissões na área de transporte e, com isso, conter o aquecimento global.
A plataforma atrairá as atenções do mundo para iniciativas brasileiras como o desenvolvimento de biocombustíveis de segundo geração produzidos em território nacional. No lançamento, o ministro do Meio Ambiente, Sarney Filho, declarou que o projeto contribuirá para o cumprimento das metas brasileiras de corte de emissões. “A iniciativa abre espaço para uma bioeconomia totalmente nova e de baixo carbono, pois oferece alternativas ao material de origem fóssil”, explicou.
O lançamento da plataforma na COP 22 reforça o engajamento do Brasil com a questão climática e abre espaço para novas oportunidades. Na ocasião, o ministro da Agricultura, Blairo Maggi, endossou a necessidade de medidas de baixo carbono na área de transportes. “É preciso que as sociedades de outros países abram suas fronteiras para os biocombustíveis no sentido de reduzir as emissões de gases de efeito estufa”, afirmou.
INVESTIDORES
O objetivo é atuar, também, como um instrumento para atrair investidores e formuladores de políticas públicas. O subsecretário-geral de Meio Ambiente do Ministério de Relações Exteriores (MRE), embaixador José Antonio Marcondes de Carvalho, afirmou que o sistema fomentará ações de produção, comercialização e pesquisa de biocombustíveis. “A plataforma multisetorial identificará uma das lacunas de ação nessa agenda”, explicou.
A coalizão formada com plataforma inclui o Brasil e o Marrocos, anfitriões do evento de lançamento, e outros 18 países: Argentina, Canadá, China, Dinamarca, Egito, Estados Unidos, Filipinas, Finlândia, França, Holanda, Índia, Indonésia, Itália, Moçambique, Paraguai, Reino Unido, Suécia e Uruguai. Todos eles serão envolvidos em um modelo operacional flexível, com o objetivo de aumentar o diálogo político entre os países nas áreas de pesquisa e desenvolvimento.
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