Veja quais são as notícias de destaque nos matutinos brasileiros
A prisão do governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, nesta quinta-feira (29) durante a Operação Boca de Lobo repercutiu nos principais jornais. O Globo destaca que Pezão teria continuado o esquema de corrupção que já existia no governo anterior, de Sérgio Cabral, e pode ter embolsado cerca de R$ 40 milhões em propinas.
O governador foi preso no Palácio das Laranjeiras após a autorização do ministro Félix Fischer, do Superior Tribunal de Justiça (STJ). O matutino destaca que Pezão é o quarto governador do Rio de Janeiro a ser preso. “Acusado de desviar R$ 40 milhões, Pezão é o 4º governador do Rio preso”, informa a manchete do Globo.
O Estado de S.Paulo também dá destaque à prisão de Pezão e afirma que, além dele e do ex-governador Sérgio Cabral, dez deputados estaduais, cinco conselheiros do Tribunal de Contas, diversos ex-secretários e um ex-procurador do Ministério Público do Estado estão presos. “A política no camburão”, sublinha o título principal do Estadão.
O Estadão também destaca, na primeira página, a saída do ex-ministro Antônio Palocci da prisão após autorização do Tribunal Regional Federal da 4ª Região e enfatiza que o Supremo Tribunal Federal (STF) suspendeu o julgamento sobre a concessão do indulto pelo presidente Michel Temer com um placar de 6 a 2 a favor da constitucionalidade da medida.
A Folha de S.Paulo mostra detalhes da denúncia da Procuradoria-Geral da República contra Luiz Fernando Pezão e ressalta que, para o Ministério Público, além de manter o esquema de seu antecessor, Sérgio Cabral, Pezão ainda operava o esquema de lavagem de dinheiro no Estado. A prisão preventiva foi decretada para evitar que Pezão dificulte o trabalho da polícia de recuperar os valores que teriam sido desviados. “Suspeito de manter esquema de Cabral, Pezão é preso no RJ”, destaca a manchete da Folha.
Na primeira página, a Folha comenta o acordo feito entre o Ministério Público e a CCR, que atua com concessões de estradas, metrôs e aeroportos, e destaca que a empresa relata ter doado R$ 44,6 milhões para o caixa dois de políticos de São Paulo. Entre os nomes indicados como beneficiários do esquema, estão o do ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB) e do senador José Serra (PSDB). A empresa pagará multa de R$81,5 milhões ao governo paulista para evitar processos.