Em pronunciamento em Plenário nesta terça-feira (1º), o senador Paulo Davim (PV-RN) avaliou que, na discussão sobre a medida provisória que instituiu o programa Mais Médicos (MP 621/13), a razão deu lugar à “queda de braço” de forma prejudicial à carreira dos médicos. Conforme ressaltou o parlamentar, com a MP – que precisa ser votada na Câmara e no Senado antes do dia 5 de novembro, quando perde a validade – as entidades médicas perdem o direito de titular profissionais como especialistas.
– Se há uma instituição capaz de dizer quem merece ser titulado ou não, essa instituição tem que ser a instituição científica, não pode ser a instituição governamental, não pode ser nenhum tipo de instituição que não domine a temática – lamentou.
Davim ainda criticou o dispositivo que torna obrigatórios dois anos de residência em Saúde da Família para todas as residências médicas, considerando que tal discussão deveria ser repassada “sem extremismo” para a Comissão Nacional de Residência Médica. Para o senador, essa norma reduzirá a qualidade técnica dos profissionais e retardará a entrada de novos médicos no mercado.
– Me preocupam as discussões no campo da ciência estarem contaminadas com pensamentos e posições ideologizadas. Na ciência, a única política que tem espaço é a política da ciência; a única verdade que tem de sobrenadar é a verdade científica. Paulo Davim ainda cobrou soluções definitivas para a carreira nacional dos médicos, julgando que a MP do Mais Médicos “já nasceu com o tempo de validade vencido”.
Fonte : Agência Senado