”Uma das maiores realizações da redemocratização em 1987/88 foi a reconstrução de um judiciário democrático. Respeitar sua independência, respeitar os direitos dos cidadãos acusados a uma defesa ampla e adequada, não admitir métodos violentos e arbitrários de investigação ou penas cruéis aos condenados. Ainda estamos longe deste paradigma , principalmente no sistema penitenciário, porém não há dúvida que melhoramos em relação aos anos do regime militar autoritário.
Assim é revoltante o episódio do suicídio do reitor da Universidade Federal de Santa Catarina, o Sr. Luiz Carlos Cancellier de Oliveira em 2/10/2017.
Acusado precariamente de irregularidades administrativas/orçamentárias ( diga se de passagem de gestões anteriores a sua) por um membro da advocacia geral da união e corregedor da UFSC e por uma delegada da polícia federal foi preso em sua casa de forma escandalosa e humilhante e detido em uma penitenciária. Libertado da prisão 18 dias depois matou se em Florianópolis.
As autoridades responsáveis (??) estão citados em extensa reportagem do jornal Estado de São Paulo, 3/12/2017, página A9. Vejam lá .http://politica.estadao.com.br/…/geral,suicidio-de-reitor-p…
A violência no período das investigações é típica dos regimes ditatoriais. A conduta exibicionista por parte de delegados e juízes parece ser um mal de nossa época narcisista onde ser famoso a qualquer custo vale mais do que ser prudente e respeitar os princípios de uma justiça democrática.”
– Eduardo Jorge, membro do PV –