Das 32 líderes de empresas listadas no índice S&P500, da Bolsa de Nova York, seis anunciaram que deixarão os postos
NOVA YORK – O ano de 2017 teve um início otimista para mulheres em cargos de liderança. A revista Fortune 500 incluiu um recorde de 32 CEOs em junho. No entanto, seis dessas executivas deixaram ou disseram que vão deixar seus postos. A maioria dos sucessores é formada por homens.
Atualmente, apenas 26 mulheres, cerca de 5%, são CEOs das empresa listadas no índice S&P500 da Bolsa de Nova York, de acordo com o grupo Catalyst, que pesquisa mulheres e trabalho. A lista inclui Meg Whitman, que deixará o cargo de CEO da Hewlett Packard Enterprises em 2018.
Segundo a pesquisa, as mulheres ainda são superadas, em muito, pelo número de homens que ocupam as salas de diretoria. Apenas 21% dos assentos nos conselhos das empress são ocupados por mulheres.
O número de líderes empresariais femininas vinha aumentando desde a última década, embora muito devagar. Melissa Williams, professora associada da escola de negócios Emory, observou que o fato de o número de mulheres executivas ainda ser muito baixo, torna mais difícil apontar as mudanças significativas registradas nese campo entre 2016 e 2017.
“Nós vemos flutuações ano a ano que podem ser devido ao acaso”, disse ela. “As taxas de mudança estão paralisadas …. Ainda temos um longo caminho a percorrer”, afirmou.
Ainda assim há motivos para esperar um 2018 melhor.
Os recentes debates sobre assédio sexual no trabalho “aumentaram nossa consciência sobre a importância de uma liderança ou organizações mais equilibradas em termos de gênero”, disse Iris Bohnet, diretora do Programa de Políticas Públicas e Mulheres da Harvard Kennedy School.
Talvez isso signifique que mais mulheres vão dirigir as maiores empresas dos Estados Unidos no ano novo. Por enquanto, confira o perfil de algumas das CEOs que deixaram os cargos executivos em 2017.
Marissa Mayer, Yahoo
Mayer passou quase cincocontroversos anos como CEO antes de se separar do Yahoo, em 2017. Mayer deixou sua posição depois que a Verizon comprou os ativos principais do Yahoo e os fundiu com a AOL para criar a Oath. Na saída, ela recebeu um pacote de benefícios de quase US$ 26 0 milhões.
O novo CEO da Oath, Tim Armstrong, disse recentemente que seu desejo é preencher pelo menos metade das posições de liderança da empresa com mulheres até 2020.
Meg Whitman, Hewlett Packard Enterprise
Whitman entrou na Hewlett Packard há cerca de seis anos e deixará oficialmente o cargo em fevereiro de 2018. O anúncio foi feito pela HP em novembro – quatro meses depois de Whitman ter dito que não tinha a intenção de deixar a posição. Antonio Neri, atual presidente da empresa, assumirá o posto.
Irene Rosenfeld, Mondelez
Junto com Whitman, Rosenfeld é uma das executivas femininas mais conhecidas. Ela tornou-se CEO da Kraft em 2006, quando a empresa era proprietária da Mondelez. Ela se tornou CEO da Mondelez em 2012, depois que a Kraft se separou em duas. Rosenfeld desistiu de seu cargo em novembro e foi substituída por Dirk Van de Put, presidente e CEO da empresa canadense McCain Foods.
Sheri McCoy, Avon
Apenas um dia depois de Mondelez ter anunciado a saída de Rosenfeld, em agosto, a Avon disse que McCoy iria renunciar ao cargo de CEO. McCoy juntou-se à equipe da Avon em 2012, depois de passar 30 anos na Johnson & Johnson. A icônica empresa de cosméticos está à procura de um substituto para McCoy.
Ilene Gordon, Ingredion
Gordon, que lidera a empresa de alimentos Ingredion, deixará a empresa em janeiro e será substituida por James Zallie.
Kim Lubel, CST Brands
Kim Lubel deixou o cargo de CEO da CST Brands quando a empresa Alimentation Couche-Tard adquiriu a companhia, em junho.
Fonte: O Globo