O ser humano vive na era da evolução tecnológica. Desde produtos eletrônicos até tecnologia hospitalar, ele está acostumado com a rapidez na evolução. Com o carro não é diferente. Pode se dizer que o carro elétrico é um passo à frente em relação aos veículos tradicionais.
A própria área de veículos está em constante evolução, segundo o Estadão, o artigo de opinião Carros elétricos e modernidade:
‘’Até o fim do século 19, o transporte individual ou coletivo era feito exclusivamente por cavalos ou por veículos puxados por esses animais (…) Havia em Nova York no início do século 20 cerca de 150 mil cavalos, que poluíam a cidade com mais de mil toneladas de estrume por dia (…) Em contraste, locomotivas movidas pela força expansiva do vapor de água fervente (…) começaram a circular na Inglaterra em 1804 e seu uso logo se espalhou pelo mundo (…)
(…) O grande avanço veio com motores inventados por um engenheiro alemão, Nikolaus Otto, no fim do século 19 [com motores movidos a] um combustível – pó de carvão, etanol ou gasolina. O sucesso da invenção de Nikolaus Otto abriu caminho para a atual era do automóvel, promovida por Henry Ford, que criou a fabricação em série reduzindo os custos, assim levando ao carro à sua popularização.”
O grande problema foi que, com essa popularização, surgiram novos formas de poluição com a emissão de óxido de enxofre, entre outros responsáveis pela degradação da qualidade do ar nas cidades, como explica o Estadão.
Para combater essa poluição, surgiu com mais força a ideia do carro elétrico. Talvez o ponto de virada para um olhar diferente para o carro elétrico tenha sido no período entre 2008 e 2009, onde montadoras de carros entraram em colapso e quase pediram falência e foram obrigadas a rever suas políticas e estratégias.
Dessa forma as montadoras têm se preocupado em criar modelos de carros elétricos. Além disso existe também uma demanda de uma vida sustentável nas cidades com carros mais silenciosos e sem poluição.
De acordo, com o Centro de Pesquisa em Energia Solar e Hidrogênio de Baden-Württemberg, na Alemanha, no início de 2018, a frota mundial de carros elétricos chegou a 3,2 milhões de unidades, o que representa um aumento de 55% em relação ao mesmo período do ano anterior.
A montadora sueca Volvo, por exemplo, fez um anuncio no ano passado que, segunda ela, todos os carros produzidos por ela até 2020 serão elétricos ou híbridos. O presidente-executivo da Volvo, Hakan Samuelsson, ainda ressaltou: ‘’Este anúncio marca o fim do carro movido apenas pelo motor a combustão’’.
A mais conhecida fabricante de carros elétricos no mundo é a Tesla Motors do sul-africano Elon Musk, criada em 2003. Apesar de sua produção ser consideravelmente menor que gigantes do setor como Ford, GM e BMW, ela tem crescido ano a ano. Em seu balanço do ano passado, foi mostrado que no primeiro semestre 47.066 unidades foram entregues. A meta para 2018 é superar a marca de 500 mil veículos entregues.
A expectativa é que o número de carros elétricos cresça rapidamente nos próximos anos. Segundo relatório anual sobre carros elétricos Electric Vehicles (EVs), da Bloomberg New Energy Finance do ano passado, em 2040 mais da metade de todos os carros novos vendidos serão plug-in, ou seja, carros que possuem cabos para recarregar as suas baterias na tomada.
Em relação ao Brasil, a adoção de carros elétricos ainda engatinha, de acordo com o Jornal Nacional. Enquanto, países europeus estão anunciando o fim de veículos movidos a gasolina e a óleo diesel, o Brasil ainda estão num processo inicial de adoção de veículos elétricos. O Conselho Nacional de Trânsito – Contran, afirmou por meio da resolução 717, de 30 de novembro do ano passado, que vai regulamentar carros elétricos e até autônomos no Brasil nos próximos quatro anos.
Sendo assim, essa perspectiva futurista de carros sustentáveis ganha força. De acordo com a Época, o avanço tecnológico tem se provado abrupto nesse setor, tanto em países mais tradicionais, como os Estados Unidos e Japão, quanto no Brasil.
Fontes: Notícias Automotivas, Estadão, G1, DW, KBB, Carro Elétrico, Exame, Jornal Nacional, Resolução 717, de 30 de novembro de 2017, da Contran, Udacity e Época.
ASCOM PV