Ontem (19), foi Dia dos Povos Indígenas. O presidente da República, Jair Messias Bolsonaro, sequer fez referência a esta data. Na contramão, Bolsonaro aproveitou para fazer apologia contra o Estado Democrático, em frente ao Quartel-General do Exército em Brasília/DF, incentivando a aglomeração de seus apoiadores, sem máscaras ou luvas, contrariando o decreto de quarentena do governo do DF e tampouco seguiu as orientações da Organização Mundial de Saúde (OMS).
As manifestações e carreatas dos apoiadores do presidente, pediam a abertura do comércio e também atentavam contra a democracia – clamavam por intervenção militar, fechamento do Congresso e a instauração do Ato Institucional Nº 5, o mais terrível da ditadura militar. Bolsonaro sempre demonstrou aversão a democracia, mesmo tendo se beneficiado dela por 28 anos como deputado federal na Câmara dos Deputados.
No domingo, Bolsonaro cometeu diversos crimes: contra a saúde pública, não passando despercebido a forte tosse que teve em meio ao discurso tendo, inclusive, que encerrar a fala brevemente e, claro, sem usar nenhum equipamento de segurança. Mas também contra o Estado Democrático de Direito, ferindo a Constituição Federal de 1988, quando apoiou as reivindicações dos manifestantes contra a democracia brasileira.
Como compreender este governo, se nosso governante não faz questão de ser compreendido?
Por tudo isso, o Partido Verde repudia o governo Bolsonaro, que mesmo eleito democraticamente, não faz jus aos votos que o colocou no poder. O mundo assiste ao parlamentarismo como o único modelo passível a ser adotado. Já passou da hora das forças democráticas brasileiras se unirem para parar Bolsonaro. Que paremos o presidente e repensemos o presidencialismo. Parlamentarismo já! Democracia agora e sempre.