Deputado oficiou Ministério da Integração e a Defesa Civil sobre situação de alerta por causa da chuva na região
O deputado Clodoaldo Magalhães, líder do Partido Verde na Câmara dos Deputados, alarmado com as chuvas que atingiram diversos municípios de Pernambuco, acionou o Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional sobre a situação das obras do “Cinturão de Barragens”.
No último dia 18 de março, o Agreste sentiu os efeitos de uma forte chuva que alagou vários pontos de cidades com Agrestina e Santa Cruz do Capibaribe. O teto de um hospital municipal desabou em consequência das fortes tempestades e famílias foram removidas. As chuvas continuam a cair sobre a Região Metropolitana e demais localidades.
“Hoje, comemoramos o Dia Mundial da Água e precisamos fazer um importante alerta: a mesma água que garante a vida, também pode tomá-lade formas muito violentas, como historicamente temos vivenciado em nosso estado. Aqui sofremos de todas as situações, temos a seca e o pior pior índice de reserva hídrica do país, alto volume de perda de água e a pior condição de redes de distribuição do Brasil. As enchentes têm sido cada vez mais recorrentes”, comentou Clodoaldo.
As estimativas revelam que esta situação tende a se intensificar de forma bastante acentuada nos próximos anos. A Agência Pernambucana de Águas e Clima (Apac) prevê que a intensidade das chuvas de 2023 no estado será similar à do último ano, que provocou o maior desastre natural do século em Pernambuco, ocasionando 133 mortes.
O ofício, direcionado ao Ministério da Integração Nacional e do Desenvolvimento Regional, questiona informações sobre este projeto essencial para o povo pernambucano. O objetivo é subsidiar o mandato com todos os dados necessários para o fiel cumprimento da importante função fiscalizatória do Parlamento, e informar que o estado segue em alerta com a intensificação das chuvas na região.
No documento, que também é direcionado à Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil, o deputado informa sobre a situação dos municípios. “Estamos em estado de alerta e precisamos fazer o enfrentamento do problema com agilidade e rigor com o intuito de evitar danos ainda maiores. Solicitamos, ainda, informações acerca das medidas que estão sendo adotadas para resguardar a integridade das famílias da região”, comenta o parlamentar.
Este problema poderia ter sido solucionado se as cinco barragens planejadas em 2010 tivessem sido feitas. Mas do conjunto dos serviços para conter as enchentes somente um foi finalizado: Serro Azul, em 2017. Os demais reservatórios deveriam ter sido entregues em 2013, mas as obras de Panelas II, Gatos, Igarabepa e Guabiraba estão paralisadas. Há recursos nos cofres do governo do Estado para a continuidade desta intervenção necessária.
“Sou o único representante eleito natural da Zona da Mata, região que mais sofre com as águas que aumentam a cada enxurrada. Mais de 18 cidades da mata sul correm risco neste momento. Precisamos chamar estes episódios pelo nome correto. Não são desastres naturais, são consequências das ações do homem sobre a natureza e da falta de comprometimento com a gestão ambiental”, finaliza Clodoaldo.