Sarney Filho afirma, na abertura da 126ª reunião do Conselho, que tendência de redução é resultado de ações firmes na Amazônia.
DA REDAÇÃO
O ministro do Meio Ambiente, Sarney Filho, afirmou nessa quarta-feira (24/09), em Brasília, que a queda na taxa de desmatamento na Amazônia, divulgados pela organização não-governamental Imazon, “não foi nenhuma surpresa” para o Ministério do Meio Ambiente. Sarney abriu a 126ª Reunião Ordinária do Conselho Nacional de Meio Ambiente, o Conama, apresentando um balanço das ações do governo na área ambiental e mostrando otimismo com relação aos números oficiais do Prodes, previstos para dezembro.
Sarney Filho avaliou que a recomposição do orçamento do Ibama e do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), aliada à intensificação das operações em campo e a medidas na área econômica e normativa, já antecipavam esses resultados. Embora esses não sejam ainda os dados oficiais, o ministro estima que há uma reversão na curva do desmatamento, que se mantinha em trajetória crescente desde 2013. “Sabemos que a tendência observada pelo Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) também é de queda”, avaliou.
De acordo com o ministro, o anúncio da ONG, que monitora paralelamente o desmatamento no bioma, “apenas corrobora o que vínhamos dizendo nos últimos meses: nossa política de combate ao desmatamento assenta-se sobre ações firmes e efetivas”. E ressaltou: “Estamos empenhados na ampliação da capacidade operacional do Ibama e do ICMBio”.
FUNDO AMAZÔNIA
Em 2016, recursos do Fundo Amazônia foram utilizados pela primeira vez nas ações diretas de combate ao desmatamento, resultado na queda prevista. “Os doadores do Fundo podem ver que tomamos a decisão acertada”, afirmou.
Sarney atribui os resultados preliminares ao fortalecimento do Plano de Ação para Controle do Desmatamento na Amazônia, o PPCDAm, que entrou em sua quarta fase inovando no eixo econômico e normativo. Para ele, a concessão de florestas federais ao manejo sustentável ampliou a oferta de madeira legal em 20%, contribuindo para inibir o desmatamento ilegal. Isso, somado à implementação do Sinaflor, sistema que permite ao Ibama acompanhar toda a cadeia produtiva dos produtos madeireiros, reforçou a legalidade no mercado.
O Imazon utiliza como base de seu levantamento as mesmas imagens de satélite analisadas pelo Inpe para monitorar o desmatamento por corte raso na Amazônia. As diferenças estão na metodologia empregada. Os números oficiais vêm do Prodes, criado em 1988 para medir as taxas anuais do desmatamento, usadas pelo governo brasileiro para o estabelecimento de políticas públicas. Em dezembro o órgão apresenta uma estimativa do levantamento feito entre julho e agosto de cada ano. Os dados são depois consolidados e divulgados no primeiro semestre do ano seguinte.
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