Cerca de 200 pessoas participaram, na manhã desta quarta-feira (30/11), de audiência pública sobre as mudanças no Código Florestal e o uso excessivo de agrotóxicos no Brasil, na Assembleia Legislativa do estado de Pernambuco.
Participaram da atividade o MST, Central Única dos Trabalhadores (CUT), Fiocruz, deputados estaduais, Ministério Público do Trabalho, ambientalistas, professores, estudantes.
A audiência, que estava previamente marcada para denunciar o uso excessivo de agrotóxicos, foi espaço para os movimentos sociais denunciarem os impactos das mudanças no Código Florestal, em discussão no Congresso Nacional, e alertar da importância da mobilização contra a flexibilização da lei ambiental.
“Pautamos a questão do Código Florestal. A CUT pautou e os ambientalistas também. Do jeito que o texto está, o Código beneficiará o agronegócio e aumentará o desmatamento. O pequeno agricultor não será contemplado”, disse Cristiane Albuquerque, da Coordenação Nacional do MST.
“A tendência é que, com a flexibilização do Código Florestal e ampliação da fronteira agrícola, aumente ainda mais a utilização de agrotóxicos do agronegócio no Brasil, que já lidera o ranking mundial”, aponta Cristiane.
Agrotóxicos
Durante a audiência, os participantes entregaram um documento aos deputados. Dentre as propostas no texto, estavam a criação de um projeto de lei que impeça o uso de agrotóxico e o compromisso de se criar medidas para aumentar a fiscalização sobre o uso de defensivos agrícolas no Estado.
“É muito importante estabelecer diálogos como esse com os deputados para que eles entendam as necessidades da sociedade”, afirmou Cristiane Albuquer, dirigente do MST.
Segundo Cristiane, os deputados se comprometeram em articular outras audiências públicas regionais, a fim de ouvir camponeses do interior do Estado sobre o uso de venenos.
Fonte : Obervatório Parlamentar