O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, apresentou nesta quarta-feira (12) dados que indicam redução no registro de homicídios, roubos de veículos, entre outros crimes, em todo o país desde que assumiu o cargo, em janeiro. Por meio de sua conta no Twitter, Moro disse que esses números, ainda altos, podem ser reduzidos com a aprovação do pacote anticrime enviado por ele à Câmara. Segundo ele, nada vai impedir o cumprimento de sua “missão”.
“Hackers de juízes, procuradores, jornalistas e talvez de parlamentares, bem como suas linhas auxiliares ou escândalos falsos não vão interferir na missão”, ressaltou o ministro, em alusão à divulgação de mensagens que sugerem que ele orientou a força-tarefa da Lava Jato, divulgadas pelo site The Intercept.
Desde que as reportagens sobre o assunto foram publicadas, no último domingo, Moro tem dito que não houve qualquer interferência ou diálogo indevido entre ele e o procurador Deltan Dallagnol, coordenador da força-tarefa.
Pressionado no Congresso, ele se antecipou à oposição, que se articulava para convocá-lo, prontificando-se a comparecer à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado no próximo dia 19 para esclarecer o caso. Seis partidos oposicionistas também decidiram ontem correr atrás de assinaturas para criar uma CPI mista, formada por deputados e senadores, para investigar a relação entre o juiz e os procuradores da Lava Jato.
Ao comentar os dados sobre redução da criminalidade, destacando os 23% na queda do registro de homicídio, na comparação com igual período do ano passado, Moro disse que o mérito deve ser compartilhado pelo governo federal com os governos estaduais e distrital.
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