Pela segunda vez, José Sarney Filho (PV-MA) comandará o Ministério do Meio Ambiente. A confirmação do nome do líder do PV na Câmara ocorreu às 11h20 desta quinta-feira (12), logo após Michel Temer assumir a presidência do país.
Antes, o agora presidente em exercício Michel Temer recebeu em mãos uma carta de um grupo de ambientalistas apoiando a nomeação do deputado para o cargo. A ideia do grupo era demonstrar que Sarney Filho seria mais indicado que o deputado Evair de Mello (PV/Espírito Santo), também cotado para assumir o Ministério e apoiado pela bancada ruralista.
“O apoio ao Sarney Filho se dá em função de seus excelentes antecedentes, tanto como ex-ministro do MMA como Deputado Federal, e seu posicionamento coerente e contundente na área ambiental. Provavelmente o grupo que coordenou a elaboração do documento, bem como seus assinantes, não o fariam em outra circunstâncias. Ter um apoio dessa natureza dado a um Ministro de Meio Ambiente é um voto de credibilidade do setor ambiental, que representa a esperança de um salto de qualidade na área, absolutamente negligenciada nos últimos anos”, explica, por e-mail, Angela Kuczach, diretora da ONG Rede Nacional Pró-Unidades de Conservação.
Ao todo, 33 ambientalistas assinaram a carta. Entre eles, Angela Kuczach (Rede Pró UCs), José Truda (Divers for Sharks) e Júlio Cardoso.
Leia a carta na íntegra: Carta ao Presidente Michel Temer.
Sobre Sarney Filho:
José Sarney Filho, também conhecido como Zequinha Sarney, iniciou sua carreira política na Arena, em 1978. Eleito nove vezes consecutiva para a Câmara dos Deputados, o parlamentar já passou pelo Partido Democrático Social (PDS), quando se elegeu pela primeira vez como deputado federal, em 1982. Foi também do Partido da Frente Liberal (PFL) — hoje Democratas (DEM) —, e filiou-se ao Partido Verde em 2005. Ocupou o cargo de ministro do MMA entre 1999 a 2002 e lá conquistou o respeito dos ambientalistas. Durante seu ministério, foram criadas 40 unidades de conservação no pais, sendo 11 de proteção integral e 29 de uso sustentável.
Fonte : O ECO