Dilma Rousseff e Michel Temer foram absolvidos da acusação de abuso de poder político e econômico na campanha de 2014 por 4 votos a 3.
A decisão do Tribunal Superior Eleitoral em rejeitar a cassação da chapa Dilma-Temer repercutiu nesta sexta-feira (9) na imprensa internacional. A ex-presidente Dilma Rousseff e o presidente Michel Temer foram absolvidos da acusação de abuso de poder político e econômico na campanha de 2014 por 4 votos a 3.
O jornal americano “Washington Post” classificou a vitória como uma “grande vitória” do presidente Michel Temer, já que ele foi absolvido das acusações de violação nas finanças da campanha que, em caso de decisão contrária, poderiam tirá-lo do poder. O jornal observa que o julgamento ocorre em meio a “um crescente escândalo de corrupção” no país e no momento em que o presidente tem “popularidade de um único dígito”.
O argentino “La Nación”, que noticia a decisão na manchete de seu site, destaca que Temer “se esquivou de um de seus maiores desafios de seu governo encurralado”. Ao noticiar o julgamento, o jornal afirma que o tribunal deu “um respiro extra a Temer, cada vez mais delibidado pelo recentos escândalo de subornos do frigorífico JBS”.
Outro jornal que noticiou a não cassação da chapa Dilma-Temer foi o espanhol “El Mundo”, que diz que “apesar de o juiz Herman Benjamin, relator do processo no TSE, ter considerado ‘comprovado’ que a campanha foi financiada com dinheiro de corrupção, só dois dos outros seis membros da corte o apoiaram e os quatro restantes formaram a maioria que acabou absolvendo Rousseff e Temer”.
A rede britânica BBC também dá a notícia sobre a não cassação da chapa e diz que a cassação poderia custar a saída de Temer do cargo de presidente. Na reportagem publicada em seu site, a rede diz que é difícil dizer o que acontecerá agora. “A política brasileira está em um estado de crise por algum tempo, em parte alimentada pela maior investigação de corrupção no país”, diz. O texto lembra que a operação Lava Jato comprometeu “alguns dos maiores nomes” no Brasil e “um terço do gabiente está sob investigação”.
Fonte: G1