Hoje é comemorado o Dia Internacional da Pessoa com Deficiência, uma data criada pela Organização das Nações Unidas, em 1992. A iniciativa tem como objetivo estimular reflexões sobre os direitos das pessoas com deficiência e conscientizar a sociedade sobre a importância da igualdade e inclusão para todos os cidadãos.
Inclusão profissional e direito ao matrimônio são alguns dos direitos de quem tem deficiência e precisam ser garantidos
Para nós da APAE de São Paulo, hoje é um dia de reflexão e de renovarmos as energias em busca de um mundo mais inclusivo e justo. Queremos que todas as pessoas com deficiência tenham voz e espaço na sociedade, que sejam ouvidas, respeitadas e que recebam os apoios necessários para que possam ter uma vida inclusiva e plena.
Quando falamos em deficiência intelectual, a luta em busca de direitos ganha um panorama específico de conquistas e desafios. Ao longo de 57 anos de atuação da Organização, temos trabalhado cotidianamente para a mudança do velho paradigma de incapacidade sobre a pessoa com deficiência intelectual.
Felizmente, este ano temos muito o que comemorar. Em novembro deste ano apoiamos o matrimônio de um casal com deficiência intelectual, o Robinson e Priscila, que enfrentaram muitas dificuldades para concretizarem o sonho do casamento. Com a ação do nosso Núcleo de Políticas Públicas e Advocacy, o direito previsto na Lei Brasileira de Inclusão foi garantido e todos nós comemoramos a união dos dois.
Além disso, no mercado de trabalho contamos com a parceria de empresas na inclusão de 400 pessoas com deficiência intelectual. Para 2019, há muitos desafios, que nos impulsionam a seguir adiante. Temos a divulgação da campanha sobre Educação Inclusiva, que visa impedir que as portas das escolas regulares sejam fechadas para quem tem deficiência intelectual. Em caso de discriminação, você pode denunciar pelo número (11) 3913-4015.
No próximo ano também teremos o início de um projeto sobre capacidade jurídica e tomada de decisão apoiada, com o financiamento da Open Society Foundation, que visa contribuir para a mudança de práticas sociais e jurídicas que favoreçam o exercício da capacidade jurídica e apoiem o processo decisório das pessoas com deficiência.
Em tempos de fake news, precisamos pesquisar mais e compartilhar conteúdo que contribua com o entendimento dos direitos das pessoas com deficiência. Com postura ativa e informação, seremos capazes de transformar a sociedade em que vivemos. Este é um dos nossos grandes desafios.
*Aracélia Lúcia Costa, superintendente-geral da APAE de São Paulo
Sobre a APAE DE SÃO PAULO
A APAE DE SÃO PAULO é uma Organização da Sociedade Civil, sem fins lucrativos, que há 57 anos previne e promove a saúde das pessoas com deficiência intelectual, além de apoiar a sua inclusão social e a defesa de seus direitos, produzindo e disseminando conhecimento. Atua desde o nascimento ao processo de envelhecimento, propiciando o desenvolvimento de habilidades e potencialidades que favoreçam a escolaridade e o emprego apoiado, além de oferecer assessoria jurídica às famílias acerca dos direitos das pessoas com deficiência intelectual. Pioneiro no Teste do Pezinho no Brasil e credenciado pelo Ministério da Saúde como Serviço de Referência em Triagem Neonatal, o Laboratório APAE DE SÃO PAULO é o maior da América Latina em exames realizados. Por meio do Instituto APAE DE SÃO PAULO, a Organização gera e dissemina conhecimento científico sobre deficiência intelectual com pesquisas e cursos de formação. Para colaborar, os interessados podem ligar para: 11-5080-7000, acessar www.apaesp.org.br ou enviar e-mail para atendimento@apaesp.org.br.
Fonte: Estadão