Em Barcelona, milhares de pessoas se manifestaram contra a violência de domingo (1), quando a guarda civil espanhola agrediu centenas de eleitores.
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Uma greve geral parou a cidade de Barcelona nesta terça-feira (2), dois dias depois do plebiscito que votou pela independência da Catalunha. Uma imensa multidão protesta contra violência de domingo (1), quando a guarda civil espanhola agrediu centenas de eleitores. Os bombeiros que foram agredidos pela polícia durante o plebiscito também estão nas ruas.
Manifestantes levaram flores a escolas que serviram de colégios eleitorais e não esconderam o sentimento de frustração. As principais estradas e rodovias de Barcelona foram bloqueadas. O transporte público não funcionou. O comércio está fechado.
Sem maioria, Rajoy fala de “força da lei”
Um grande prejuízo para os cofres nacionais. E uma demonstração de força para o governo central. A contagem dos votos indica que de 40 a 42% dos catalães votaram no plebiscito. Sem uma maioria, é mais difícil para o governo regional se decidir pela declaração unilateral de independência.
E, se isso acontecer, o primeiro ministro Mariano Rajoy pode usar o que definiu de “a força da lei”. Mas por enquanto não conseguiu apoio político para dissolver o parlamento catalão, retirar a autonomia da região e convocar novas eleições.
“Europa, o teu silêncio nos mata”
O nervosismo, a fragilidade, a intolerância, começam provocar cenas extremas entre a população. Como a do jogador Piqué, do Barcelona, que foi insultado pelos torcedores porque é a favor da independência. Policiais vindos de Madri teriam sido expulsos de um dos hotéis em que estão hospedados.
O ministro do interior da Espanha acusou o líder catalão de incitar o povo à rebelião. O governo da União Europeia ainda não se apresentou para fazer a mediação entre Madri e Barcelona. No cartaz de uma manifestante catalã desta terça (3) estava escrito: “Europa, o teu silêncio nos mata.”
Fonte: Jornal Hoje