Nas últimas semanas, na Câmara dos Deputados, as votações no Plenário estão paralisadas por conta de um instrumento regimental chamado “obstrução”. Nesta semana, a deputada Leandre Dal Ponte (PV-PR) voltou a criticar a manobra regimental, iniciada após a prisão do ex-presidente Lula, que atrapalha o andamento da casa.
Para ela, a obstrução é um instrumento importante, quando usado com responsabilidade. “Por exemplo: quando um projeto de lei do governo é enviado às pressas para análise na Câmara é normal haver obstrução para ganhar mais tempo para discutir a matéria. O problema é quando a obstrução é política”, pondera a deputada.
Como líder do Partido Verde (PV) na Câmara dos Deputados, a deputada criticou a manobra e disse que esta é uma demonstração do mau uso do dinheiro público. “Nós estamos aqui para trabalhar. Eu acredito que nossos companheiros da Câmara precisam ter responsabilidade no uso da obstrução”, completou a deputada durante uma orientação de voto no Plenário da Câmara.
Custo de uma sessão
No ano passado, a Câmara dos Deputados realizou um total de 403 sessões. Destas, apenas 214 foram sessões deliberativas, aquelas que o Plenário discute ou toma uma decisão sobre determinado assunto. Estas sessões foram realizadas em 124 dias, pois é possível realizar duas ou mais deliberativas no mesmo dia.
Dados da Secretaria Geral da Mesa da Câmara dos Deputados apontam que, no ano de 2017, as despesas com funcionamento da Câmara dos Deputados giraram em torno de R$ 5,3 bilhões. Logo, o custo aproximado de uma sessão deliberativa, chega perto de R$ 24,9 milhões. Ou então de R$ 43,08 milhões por cada dia que teve uma sessão deliberativa.
“Uma sessão da Câmara dos Deputados custa muito caro para o povo brasileiro. Portanto, fazer obstrução política é uma forma de utilizar mal os recursos públicos. Nós precisamos ter respeito com o contribuinte e com o povo brasileiro”, concluiu a deputada.
Fonte: Partido Verde Paraná