Um estudo feito por cientistas das Universidades da Tasmânia e da Universidade de Tecnologia de Sydney apontou que o número de espécies de peixes em águas australianas diminuiu em 30% na última década. De acordo com os pesquisadores, esse resultado é um efeito direto da falta de controle da pesca.
Usando dados de pesquisas de mergulho de três diferentes entidades – o Instituto Australiano de Ciências Marinhas, a Universidade da Tasmânia e a Reef Life Survey, os cientistas compararam tendências em áreas protegidas e desprotegidas. Foram coletados dados em 533 locais da Austrália, de 2005 a 2015, para espécies de peixes grandes – aquelas com mais de 20 centímetros de comprimento. O resultado indicou que a biomassa de peixes grandes declinou em 36% em áreas de pesca liberada e em 18% em zonas de parques marinhos onde há permissão de pesca limitada.
“Como estávamos analisando os peixes nas áreas de pesca e comparando-os com as mesmas espécies nas áreas não habitadas – e encontramos diferenças substanciais na tendência ao longo do período de 10 anos – podemos atribuir isso ao impacto da pesca”, afirmou o coautor do estudo, Trevor Ward, da UTS.
Outro apontamento importante observado é a relação da queda do número de espécies com a mudança climática. “Ficou claro que além do impacto da pesca o habitat da vida marinha está mudando e para pior”, completou Ward. O cientistas também alertou para a necessidade urgente da aplicação de medidas preventivas.
O Partido Verde da Austrália, através do senador Peter Whish-Wilson, pediu nesta terça-feira 5 de junho, Dia Mundial do Meio Ambiente, que o governo local estabeleça novas regras sobre a pesca.
Via The Sydney Morning Herald
Fonte: Rádio GreenFM