Pela primeira vez na história, a Câmara dos Deputados entregou um diploma de menção honrosa a cinco homenageados que contribuem, ativamente, na defesa dos direitos das pessoas idosas. O Prêmio Zilda Arns pela Defesa e Promoção dos Direitos da Pessoa Idosa, criado através de um projeto da deputada Leandre Dal Ponte (PV-PR), foi entregue na manhã desta quarta-feira, 13, durante uma sessão solene no Plenário Ulysses Guimarães.
A solenidade contou com a presença de parlamentares ligados à defesa dos direitos da população idosa, do secretário nacional dos Direitos da Pessoa Idosa, Rogério Luiz Barbosa Ulson, e do vice-presidente do Conselho Nacional da Pessoa Idosa, Bahij Amin Aur, e dos homenageados: a promotora de Justiça Anna Trotta Yaryd; a irmã Maria Enide Leite, do Instituto Juvino Barreto; Jairo Ribeiro de Mattos, do Lar dos Velhinhos de Piracicaba; a Irmã Terezinha Tortelli, da Pastoral da Pessoa Idosa, e a irmã Conceição, da Fundação Leur Brito.
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Além de criadora do projeto que deu origem ao prêmio, foi a Leandre quem indicou a Pastoral da Pessoa Idosa para receber a homenagem. Os cinco vencedores foram escolhidos entre 53 pessoas ou instituições indicados por parlamentares de todo o Brasil.
A deputada Leandre lembrou que, além da emprestar o nome ao Prêmio, Zilda Arns foi fundadora da Pastoral da Criança e da Pastoral da Pessoa Idosa, uma das homenageadas de 2018.
“Num passado muito recente, um momento muito crítico no Brasil, com altos índices de desnutrição e mortalidade infantil, o trabalho da Pastoral da Criança foi fundamental para mudar a nossa realidade. E, sensíveis ao cuidado às crianças, percebeu-se a necessidade de também olhar para a pessoa idosa, surgindo a Pastoral da Pessoa Idosa. Assim, tenho a certeza de que a Pastoral da Pessoa Idosa fará o mesmo pelos idosos do que fez a Pastoral da Criança”, disse. LEIA O PRONUNCIAMENTO DA DEPUTADA NA ÍNTEGRA
“Zilda foi uma brasileira que todos nos orgulhamos. Uma mulher batalhadora, empreendedora. Tenho certeza que, de onde ela estiver, ela está muito feliz por ter seu nome honrado nesta premiação”, disse a homenageada que conviveu e trabalhou com Zilda Arns por 17 anos.
Em torno de 13% da população idosa brasileira, cerca de 4 milhões de pessoas, tem dificuldade de acesso ou dificuldade de usufruir a totalidade de seus direitos. E essas pessoas, segundo irmã Terezinha, são o foco de trabalho da pastoral. “Para a realização deste trabalho, exige-se mais do que vocação; exige-se amor ao próximo”, resumiu.