O canteiro de obras da usina hidrelétrica de Jirau, em Porto Velho (RO), voltou a ser palco de novo conflito na madrugada desta terça-feira (3) por causa de questões trabalhistas. Segundo a Construtora Camargo Corrrêa, os trabalhadores incendiaram e depredaram cerca de 30 alojamentos.
Contratada pelo consórcio de Jirau para construção das obras civis da usina hidrelétrica no Rio madeira, a Camargo Corrêa divulgou uma nota em que confirma que “novos atos de vandalismo voltaram a ser praticados no canteiro de obras”.
– Não houve registro de vítimas em razão desta ocorrência – assinala a nota.
Após os novos conflitos, cerca de 7 mil trabalhadores serão removidos de Jirau para Porto Velho. A Camargo Corrêa está mobilizando recursos para a contratação dos ônibus que vão transportar os trabalhadores. A tropa de choque da PM e a Força Nacional estão garantindo segurança na região.
Veja a nota da empreiteira:
“A Construtora Camargo Corrêa, contratada pelo consórcio de Jirau para construção das obras civis da usina hidrelétrica no rio madeira, informa que na madrugada desta 3ª feira (03/04) novos atos de vandalismo voltaram a ser praticados no canteiro de obras com o incêndio e depredação de cerca de 30 unidades de alojamentos de trabalhadores (aproximadamente 30% do total). Não houve registro de vítimas em razão desta ocorrência.
Após paralisação de 26 dias, provocada por uma greve que foi julgada ilegal pela justiça do trabalho, as atividades foram retomadas com a aprovação pela assembleia dos trabalhadores de proposta de acordo mediada pela Delegacia Regional do Trabalho. Foi aprovada a antecipação de reajustes no salário de até 7% e do valor da cesta básica para até R$ 220,00, além de não descontar os dias parados que seriam compensados futuramente.
Neste momento os esforços estão concentrados na mobilização de recursos para retirada com segurança dos trabalhadores alojados no canteiro de obras (cerca de 7 mil pessoas) e que desejam deixar o local. Ônibus, alimentação e alojamento provisório em Porto Velho, capital do Estado de Rondônia, estão sendo providenciados para triagem e encaminhamento dos trabalhadores às suas cidades de origem.
A Força Nacional de Segurança estava presente no canteiro de obras, distante 130 quilômetros de Porto Velho. Os prejuízos materiais ainda não podem ser avaliados.”