A Comissão Especial que trata de Reforma Política realizou, na quinta (1º), uma audiência pública. No encontro, o deputado Evandro Gussi chamou atenção para a necessidade de se priorizar a discussão sobre o tamanho da circunscrição eleitoral, ou seja, território pelo qual os parlamentares são eleitos. O candidato hoje que disputa uma eleição precisa percorrer todo o Estado. Isso colabora, segundo ele, para que as campanhas sejam caras e torna difícil aos eleitores selecionarem, acompanharem e fiscalizarem o processo eleitoral.
“Independentemente da adoção de um sistema proporcional ou majoritário, a adoção de uma divisão territorial com base em distritos, é a melhora alternativa para que haja uma relação entre representante e representados. É impossível qualquer nível de racionalidade na representação política com circunscrições eleitorais tão grande”, concluiu ele.
Fragmentação partidária
O número de partidos existentes hoje também foi alvo de críticas dos participantes da audiência pública. O cientista político e professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Jairo Nicolau ressaltou que a “a legislatura atual é a mais fragmentada da história das eleições mundiais”. O deputado Evandro Gussi (PV-SP) reconhece que essa grande fragmentação, com a presença de partidos sem base ideológica, compromete a governabilidade. No entanto, ele acredita que essa é uma5 consequência direta do sistema eleitoral proporcional. Na visão dele, a cláusula de barreira é uma solução artificial. Ele defende o sistema mistos, como o adotado na Alemanha, para a eleição de deputados e senadores.
Fonte: Assessoria de Comunicação da Bancada Verde