Atos do governo Bolsonaro às vésperas do aniversário do golpe militar de 1964, alertam para a necessidade da união das forças democráticas no combate ao autoritarismo do presidente da República.
Primeiro, foi a demissão do ministro da Defesa, general Fernando Azevedo e Silva, por este não querer politizar o Exército “à lá” general Eduardo Villas Bôas, quando ameaçou o Supremo Tribunal Federal (STF), em rede social.
A dispensa do general, desencadeou protestos dos três comandantes das Forças Armadas que anunciaram a entrega dos cargos, pela primeira vez na história do Brasil, mas Bolsonaro, para mostrar poder, demitiu os militares no dia seguinte.
Outro atentado à democracia, foi o Projeto de Lei 1074/2021, apresentado em regime de urgência, que prevê a implementação da “Mobilização Nacional”, dando superpoderes ao presidente da República como requisitar bens e serviços públicos e privados e, controlar, as polícias estaduais. O PL altera a Lei nº 11.631, de 27 de dezembro de 2007, aumentando a abrangência do dispositivo “Mobilização Nacional”, que, hoje, só é permitido em períodos de guerra. O PL foi rejeitado no colégio de líderes.
E, por último, o substituto do Ministério da Defesa, general Walter Braga Netto, emitiu carta, ontem à noite, afirmando que o “movimento de 64 deve ser compreendido e celebrado”, assim como Bolsonaro queria que o antecessor fizesse.
Como diz a música: “É preciso estar atento e forte”, para barrar a escalada autoritária de Bolsonaro. O Partido Verde reitera o compromisso com a democracia. Ditadura, nunca mais!