Célio Studart cobra mais informações sobre ações de manejo das espécies que estão sendo literalmente queimadas vivas nessa situação de catástrofe ambiental
O deputado federal Célio Studart (PV-CE) enviou ofício ao presidente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Eduardo Fortunato Bim, para solicitar informações a respeito do manejo emergencial de fauna silvestre afetada por incêndios florestais recentes.
As queimadas atingem, principalmente, o Pantanal brasileiro e a Serra dos Órgãos, no estado do Rio de Janeiro. Célio cobra que o Parlamento tenha mais informações oficiais sobre ações de manejo das espécies que estão sendo literalmente queimadas vivas nessa situação de catástrofe ambiental.
Ele questiona o Ibama sobre os projetos e as condições de atuação dos Centros de Triagens de Animais Silvestres (Cetas), bem como atividades de tratamento veterinário, contagem de indivíduos atingidos e o retorno desses animais ao habitat.
“Vale ressaltar que há, afetadas por incêndios, espécies sensíveis, raras, vulneráveis e ameaçadas de extinção, bem como as endêmicas, que só existem nestas regiões, e aquelas que sequer foram ainda catalogadas, representando uma riqueza biológica incalculável. Ainda de acordo com o [Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais] Inpe, também há presença de fogo na Amazônia, no Cerrado, Mata Atlântica, na Caatinga e no Pampa”, alerta.
Segundo o deputado, os dados são preocupantes para além da flora. “Estima-se que existam apenas no Pantanal mato-grossense cerca de 500 espécies de aves, 120 de mamíferos e cerca de 150 espécies de répteis que estão sendo afetados pelas chamas.”
O bioma do Pantanal, conforme o Inpe, apresentou o maior índice dos últimos 14 anos. Estima-se que haja mais de cinco mil focos confirmados, chegando a quase 100 novos registros por dia.
Além disso, o incêndio no Parque Nacional da Serra dos Órgãos, no estado do Rio de Janeiro, já consumiu cerca de 200 hectares, ou seja, uma área que equivale a 200 campos de futebol. Recentemente, outro incêndio na região serrada, na Reserva Biológica de Araras deixou as populações que habitam esta região numa situação grave de vulnerabilidade.
Fonte: Vegazeta