Parlamentar acompanhou a Missão Pantanal da Câmara e usou suas redes sociais para expor a realidade devastadora em que encontrou um dos maiores biomas do país
Em discurso tradicional na abertura da reunião da Assembleia das Nações Unidas (ONU), nesta terça (22), o presidente Jair Bolsonaro afirmou que o Brasil é vítima de fake news sobre a Amazônia e o Pantanal, e levantou suspeitas de interesses internacionais para prejudicar a imagem do país.
“Mesmo assim, somos vítimas de uma das mais brutais campanhas de desinformação sobre a Amazônia e o Pantanal. A Amazônia brasileira é sabidamente riquíssima, isso explica o apoio de instituições internacionais a essa campanha escorada em interesses escusos que se unem a associações brasileiras, aproveitadoras e impatrióticas, com o objetivo de prejudicar o governo e o próprio Brasil”, afirmou Bolsonaro no vídeo.
Para rebater a postura do presidente, o deputado federal Professor Israel Batista (PV-DF) utilizou seu perfil oficial no Twitter.
O parlamentar afirmou seu posicionamento contrário à postura presidencial na ONU. Segundo Israel, o Brasil vive seu pior momento ambiental. “Pior queimada no Pantanal em anos, garimpeiros e grileiros fazendo a festa, maior índice de focos de incêndio na Amazônia, ministro Salles passando a boiada. O Brasil nunca esteve tão ruim em preservação do meio ambiente”.
Relatos da Missão Pantanal
Em comitiva da Câmara Deputados, parlamentares foram convocados para fiscalizar a situação das queimadas no Pantanal brasileiro. Acompanhando o grupo formado pelos deputados Rodrigo Agostinho (PSB – SP), Professora Rosa Neide (PT-BA), Nilto Tatto (PT-SP), Paulo Teixeira (PT-SP) e Dr. Leonardo (Solidariedade-MT), Professor Israel (PV-DF) fez parte da vistoria às equipes de combate ao incêndio, ao atendimento de animais resgatados, às comunidades indígenas e tradicionais atingidas pelas chamas, além de sobrevoar a área devastada do Pantanal.
“Uma onda de negacionismo e obscurantismo resultou na maior queimada do Pantanal. É hora de acordar! O governo está sucateando os órgãos de controle e fiscalização do meio ambiente. O próprio Ministério gastou apenas 0,4% do orçamento geral”, afirma o parlamentar.
Os parlamentares preparam um relatório oficial com indicações ao Executivo federal, e um conjunto de proposições legislativas para fortalecer a preservação e mitigar os crimes ambientais. O grupo também vai criar Comissão Externa para elaborar um plano nacional de enfrentamento do fogo em todos os biomas brasileiros.