A declaração do vereador de Joinville Ninfo König (PSB), de que aceitará a condição de vice numa chapa com Gelson Merisio (PSD), provocou uma declaração do também pré-candidato ao Governo do Estado, Esperidião Amin (Progressistas).
Falando à colega Karina Manarin, afirmou que se Merisio e König já tiverem fechado a chapa, que ele será de fato candidato a governador. “Com isso, vai acontecer de eu ter que ser candidato ao Governo, se meu partido for preterido numa composição dessa. A candidatura ao Governo será irreversível e com a união do PP”, disse Amin. Além disso, ele completou: “Eu quero ver essa chapa Merísio/Ninfo disputar na convenção do meu partido. Será que apostariam em Merísio com Ninfo, ou em Amin com João Paulo Kleinubing, que é uma das alternativas?”, questionou o progressista.
Liguei para Merisio que negou que a chapa esteja fechada e, explicou que Ninfo König apenas anunciou que aceitará participar da majoritária, caso seja chamado. O pré-candidato a governador pelo PSD disse ainda, que nada está fechado, nem para a cabeça e nem a vice. “Estamos abertos a qualquer coligação, qualquer composição. Não está nada definido, nem a cabeça e nem a vice. Todos os partidos tem que ser respeitados, pois, quando se fecha com antecipação você fecha as portas”, afirmou Merisio.
Logo em seguida conversei com Esperidião Amin, que ao saber da fala do pessedista, afirmou: Se ele desautorizou é um fato importante. Pelo menos, serviu para que esclarecêssemos isso”, disse Amin.
Pelo visto, os dois maiores sócios de uma ampla aliança já formada, precisam conversar e aparar todas as arestas, como forma de não deixar dúvidas. Além da questão “Ninfo”, outra situação também gerou uma divergência pontual, destacada por Amin na noite de ontem. É quanto ao PSDB, o qual o progressista disse que tem os seus motivos para querer uma aproximação, assim como Merisio tem os dele para não aceitar. Mas Amin fez questão de destacar que entre o Progressistas e o PSD não há nada a divergir. Mesmo assim, já tem lideranças defendendo que é fundamental que apaguem a fogueira, para evitarem de mais para a frente, terem que lidar com labaredas sem precedentes.
Não participará
O deputado federal Esperidião Amin (Progressistas), não participará do evento de lançamento da pré-candidatura do deputado estadual Gelson Merisio (PSD). Amin que havia confirmado a presença na primeira data marcada para o evento, mas que acabou sendo cancelada devido a greve dos caminhoneiros, terá no próximo sábado (09) na gruta de sua casa, o batizado da neta Catarina. Mesmo assim, ele vai gravar um vídeo que será apresentado durante o lançamento e postado nas redes sociais.
Avaliação
Na reunião que fechou os trabalhos do Comitê de Crise do Estado, o governador Eduardo Pinho Moreira (MDB), pediu união de esforços, diálogo e trabalho, às entidades representativas da cadeia produtiva. Ele convocou as entidades para um esforço conjunto no sentido de recuperação dos prejuízos causados pela paralisação do caminhoneiros. De imediato, confirmou o que adiantei neste espaço, anunciando o lançamento para esta próxima sexta-feira (8), de uma campanha de estímulo ao consumo de produtos catarinenses. “Vamos manter o diálogo e construir em conjunto, soluções para que Santa Catarina recupere sua vitalidade econômica”, disse. Ao final, os participantes deram as mãos, fizeram uma oração e agradeceram.
Parabenizou
O procurador da República em Santa Catarina, Darlan Aírton Dias, participou da reunião de fechamento dos trabalhos do Comitê de Crise do Governo do Estado. Ele elogiou o trabalho realizado em Santa Catarina, afirmando que foi o melhor entre todos os estados, além de repassar a todos, o elogio feito pela procuradora geral da República, Raquel Dodge, que reconheceu as ações realizadas. Entre os participantes também foi destacado o esforço para a manutenção do status sanitário catarinense.
Resquícios
Durante a reunião do Comitê de Crise do Governo do Estado, a Fecomércio e a Fiesc começaram um debate totalmente fora da pauta. Depois, a Fecomercio através do presidente Bruno Breithaupt relatou que o setor deixou de vender cerca de R$ 350 milhões e, pediu ao governador Eduardo Pinho Moreira (MDB), que a cobrança do ICMS fosse prorrogada como uma forma de compensar a paralisação. Recebeu uma resposta negativa, já que segundo Pinho Moreira, o Estado sentirá a queda na arrecadação. Por sua vez, a Fiesc através de Glauco Corte, pediu que volte à pauta a redução do ICMS de 17% para 12% aos produtos comercializados pela indústria catarinense, porém, esse é um tema que ficará para o próximo governador.
Queda
Só em IPVA, Santa Catarina deixou de arrecadar cerca de R$ 130 milhões. Ontem a noite o secretário de Estado da Fazenda Paulo Eli, me disse que esse valor é referente ao número de pessoas que não puderam ir aos bancos durante a greve dos caminhoneiros, para pagar o imposto. Eli também está preocupado com as especulações sobre os números da receita e, pediu para que se aguarde até os próximos dias 11 e 20 de junho, quando será possível mensurar as quedas na arrecadação.
Resposta rápida
Durante a reunião de avaliação do Comitê de Crise do Governo do Estado, aconteceu uma situação envolvendo o agronegócio. Representantes do setor reclamaram que a Conab estava cobrando um preço muito alto em relação ao milho. Eles foram surpreendidos com a notícia de que os estoques seriam vendidos a R$ 41,40, bem acima do valor praticado na última semana de R$ 31,90. Sem fazer alarde, o secretário de Estado da Agricultura Airton Spies, se levantou e foi até um outro ambiente. Na volta, relatou que ligou para Brasília e que a situação será resolvida, com a concordância do Ministério da Agricultura em reduzir os preços e fixar em R$ 37,80, o valor da saca para os próximos 15 dias.
Apoio a Kleinubing
Na quinta-feira (7), o Partido Verde anunciará apoio à pré-candidatura ao Governo do Estado, do deputado João Paulo Kleinubing (DEM). A reunião conjunta entre as duas executivas estaduais acontecerá no Hotel Castelmar as 17h.
Impactos em Chapecó
Preocupante os dados apresentados pela pesquisa realizado pelo Sindicato do Comércio da Região de Chapecó (Sicom), referente ao período de greve dos caminhoneiros. 167 empresas associadas responderam o questionário online. Ao todo foram 40% com atividades de comércio, 34% de serviços, 20% de comércio/serviços e 6% de indústria. Ao todo, 56% indicaram que foram muito afetadas e 20% chegaram a paralisar as atividades. Em relação às perdas financeiras, 30% estimaram prejuízo de 11% a 20% do faturamento mensal, 26% de até 10% e 24% acima de 30% do faturamento.
Empregos
O mercado de trabalho segundo a pesquisa do Sicom, também observou consequências, com 12% de férias coletivas que serão seguidas de desligamentos, 8% com férias individuais seguidas de futuros desligamentos e houve 4% de desligamentos. Na pesquisa também foi levantado o prazo estimado pelas empresas para normalizar suas atividades, após o fim da greve dos caminhoneiros. Cerca de 32% responderam que são necessários de seis a 10 dias, 30% até cinco dias e 18% de 11 a 20 dias.
Zona autônoma
O ex-defensor público-geral, Ralf Zimmer Junior, se manifestou em relação ao atual momento do país, assim como, da mobilização e paralisação dos caminhoneiros. Para ele, está mais do que na hora de uma revisão ampla e profunda do pacto federativo, com o fortalecimento dos municípios. E vai além ao defender uma zona autônoma do Sul do país. Para Zimmer, a divisão tributária das regiões deve ser na medida exata para pagar os serviços do Governo Federal em sua região. “O que não dá mais é para enviar a produção do nosso trabalho, nosso suor, em tributos a Brasília, capital da incompetência da União”, afirmou. Zimmer também chama a atenção para um grande equívoco histórico nacional, que é o sucateamento das ferrovias, que tornam o país refém do modelo rodoviário.
Preço da gasolina
Está em estudo pelo Governo Federal, o fim do aumento quase que diário do preço da gasolina. É possível que seja criada uma espécie de “tributação flutuante”, que acompanharia a política de reajuste baseada na variação do dólar, junto ao preço do petróleo no exterior. Dessa forma, os reajustes passariam a ser mensais. A questão é se o novo reajuste, não manterá o mesmo índice do aumento atual.
Fonte: SC Em Pauta