A ministra do Meio Ambiente marroquina, Hakima El Haite, disse nesta terça-feira em Rabat que a próxima Cúpula do Clima, a COP22, que acontecerá em Marrakech (Marrocos) no ano que vem, terá como foco os estudos de mecanismos de apoio aos países mais vulneráveis.
Segundo ela, a próxima reunião será realizada de 7 a 18 de novembro e será uma oportunidade de defender os interesses dos países mais desprotegidos, especialmente os insulanos. Hakima qualificou de “histórico” o acordo assinado em 12 de novembro na COP21, em Paris, e pediu um maior compromisso dos Estados signatários.
“Não é suficiente ter um acordo, sua força está em sua operabilidade e o nível de comprometimento dos países signatários”, ressaltou ela, que insistiu que o aumento do nível dos oceanos e alguns fenômenos naturais raros são de responsabilidade dos países industriais.
A ministra lamentou a pouca importância dada aos projetos na área de meio ambiente que foram depositados no chamado Fundo Verde dotado de US$ 10 bilhões e pediu aos países mais empenho em apresentar seus projetos a este fundo.
Por sua vez, a vice-ministra das Relações Exteriores do Marrocos, Mbarka Bouaida, lembrou da importância de unir forças para uma ação “urgente e solidária” em favor dos países mais sensíveis à mudança climática e para fazer da COP22 uma reunião que seja o ponta pé inicial “ao acordo histórico de Paris”.
No acordo de Paris, 195 países e a União Europeia se comprometem a trabalhar de maneira conjunta rumo a uma economia de baixo carbono. No entanto, conforme o documento assinado, o tratado só entrará em vigor quando pelo menos 55 partes envolvidas, que somem o total 55% das emissões globais, tenham ratificado o escrito.
Fonte: Terra