Ambientalistas e produtores rurais já definiram posicionamentos quanto à votação do texto do novo Código Florestal que será apreciado pela Câmara dos Deputados em março. Os defensores do meio ambiente iniciam campanha Veta Dilma, quem quiser, pode participar acessando o site www.florestafazadiferença.org.br. Os produtores rurais entendem que o texto está equilibrado.
Durante o programa Sustentabilidade apresentado por Ricardo Young, o presidente da Comissão do Meio Ambiente da Confederação Nacional da Agricultura (CNA), Assuero Veronez, disse que o texto do novo código deve ser votado em março. “Quanto mais longe melhor da Rio+20”, afirmou o dirigente. O outro convidado, André Lima, integrante do Comitê Brasil em Defesa da Floresta, criticou o novo projeto. “O texto faz um apagão para trás ao conceder anistia aos produtores que desmataram irregularmente e para frente não tem incentivo concreto.”
Na opinião do representante da CNA, o texto do projeto do novo Código Florestal enviado pelo Senado para apreciação na Câmara é de conciliação. “É o texto possível.” Já Lima, entende que o projeto entrega uma parte das terras que era ocupada ilegalmente até 2008 por produtores rurais para o uso deles.
Veronez acredita que a votação em março, ainda longe da Rio+20, pode evitar a exploração do assunto pelos ambientalistas durante a conferência. Ele acusou os ambientalistas de fazerem campanha “insidiosa” contra o setor agrícola brasileiro no exterior. “Todo esforço para reduzir os desmatamentos não tem sido compensado com a flexibilização da legislação”, ponderou.
Lima ponderou, durante o debate, que os ambientalistas querem que o Brasil use a área ambiental como diferencial, como oportunidade. Para ele, o Brasil deveria se orgulhar de ser um país produtor de alimentos e de ser potência ambiental.
Fonte: Site Terra