Projeto que prevê criação de data oficial será apreciado na Comissão de Saúde, no retorno das atividades legislativas.
A Síndrome do pânico, um tipo de transtorno de ansiedade que leva pacientes a crises severas, incluindo aceleração dos batimentos cardíacos, tremores, falta de ar e paralisia, terá agora uma semana específica de conscientização. O PL, que prevê a criação da “Semana Nacional de Conscientização sobre a Síndrome do Pânico” tramita na Comissão de Saúde, será relatado pelo deputado federal Clodoaldo Magalhães (PV/PE).
Segundo especialistas, a incidência do transtorno na sociedade deve atingir cerca 4% da população mundial, no entanto, a falta de diagnóstico e o preconceito, em muitos casos, torna esta estimativa subdimensionada.
As crises podem ocorrer em qualquer lugar, contexto ou momento, durando em média de 15 a 30 minutos. Ainda não há clareza sobre os motivos que levam pessoas a esta síndrome, no entanto, fatores genéticos também ambientais e estresse acentuado podem ser os motivos que desencadeiam esta condição.
“É grande número de pessoas com a síndrome do pânico que sequer tem compreensão de sua condição, devido à falta de informação e tratamento adequado. A importância deste projeto é justamente jogar luz sobre um tema que faz parte do cotidiano de muitos pacientes e suas famílias. Saúde mental é um dos temas mais importantes da atualidade. Precisamos nos debruçar de forma muito comprometida”, comentou Clodoaldo, que é membro da Frente Parlamentar de Saúde Mental da Câmara dos Deputados.
Com a aprovação do projeto, a Semana Nacional de Conscientização sobre a Síndrome do Pânico a será realizada anualmente, na terceira semana do mês de junho. Na ocasião, deverão ser realizadas atividades coordenadas em nível nacional, estadual, distrital e municipal, direcionadas à conscientização sobre a Síndrome do Pânico com o objetivo de orientar a população e profissionais de saúde, ampliar o acesso à informação sobre a doença, suas causas, sintomas, meios de prevenção e tratamento.
“É preciso combater o preconceito e reforçar a importância dos diagnósticos. É muito mais fácil lidarmos com algo quando conhecemos de forma ampla a situação. Precisamos educar nossa sociedade para lidar com momentos de fragilidade, entender as demandas de suporte desses pacientes e auxiliar na busca por mais qualidade de vida. Meu parecer será pela aprovação desta importante matéria”, finaliza o líder do PV.