O acumulado de chuva neste mês está em 113,2 milímetros (mm)
Depois de registrar quedas diárias nos últimos 19 dias, o nível do Sistema Cantareira ficou estável ontem (26) em 5,1%. Nos seis reservatórios que formam este Sistema, o principal manancial da região metropolitana de São Paulo, o acumulado de chuva neste mês está em 113,2 milímetros (mm) e seria necessário chover mais 158 mm nesses próximos cinco dias para que alcançasse a média histórica de janeiro (271,1 mm).
De acordo com a medição feita pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo ( Sabesp), no Sistema Alto Tietê, o volume armazenado manteve-se inalterado de sábado (24) para domingo (25), em 10,4%, mas ontem voltou a cair atingindo 10,3%. A quantidade de chuva também está abaixo do esperado com um total de 71,7 mm desde o começo do mês em relação à média histórica de 251,5 mm.
Entre os mananciais administrados pela Sabesp, o do Guarapiranga é o que apresenta a melhor condição de recuperação. O nível subiu de 41,1% para 43,7% e, em 26 dias, a pluviometria está em 188,4 mm bem próximo da média do mês (229,3 mm). No Sistema Alto Cotia, o armazenamento de água caiu de 28,6% para 28,5% e de domingo para ontem, praticamente não choveu sobre este sistema, com o registro de apenas 0,2 mm. O acumulado no mês alcançou 71,2 mm ante a média histórica de 232 mm.
Pela quinta vez ocorreu elevação no nível do Sistema Rio Claro que passou de 27,3% para 27,4%. A retenção de água de chuva está em 156,1 mm ante a média histórica de 298,9 mm.
Mudanças
A crise de falta de água que afeta a cidade de São Paulo fez a população repensar e mudar comportamentos com o objetivo de economizar esse recurso. Condomínios do município alteraram hábitos e reduziram o consumo. Soluções criativas como o uso de cisternas para captar a água da chuva também ajudam a economizar.
O professor de ciência Júlio Peroni, 28 anos, morador da Vila Nova Iorque, zona leste, tem três cisternas em casa, criadas por ele. A primeira veio há quatro anos, quando o professor conheceu o projeto Cisterna Já, que incentiva a população a construir o equipamento em casa. “Como eu já tinha os materiais encostados em casa e tinha tempo livre, comecei a fazer, por saber da importância de economizar água.”
O Cisterna Já nasceu em outubro de 2014, formado por um grupo de Ambientalistas. Edison, que desenvolve a minicisterna, conta que trabalha há dez anos com projetos socioambientais.
Fonte : Progresso