Segundo testemunhas, um homem entrou no templo, a primeira igreja batista da localidade de Sutherland Springs
NICOLÁS ALONSO
Um homem armado entrou, por volta de 12h de domingo, em uma igreja batista em Sutherland Springs, uma pequena cidade rural do Texas, e abriu fogo contra paroquianos, deixando pelo menos 26 mortos e 20 feridos, de acordo com o governador do Estado, Greg Abbott, que destacou que o número pode aumentar. As vítimas tinham entre cinco e 72 anos de idade.
Os vizinhos da igreja ouviram pelo menos 20 tiros. Cerca de 50 dos 683 habitantes do povoado participavam da cerimônia. Depois do massacre, o suspeito fugiu em um veículo. Ao final de uma perseguição por patrulhas policiais, o agressor morreu, mas não se sabe se foi suicídio ou se foi abatido pelos agentes.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, recém-desembarcado no Japão para uma viagem oficial pela Ásia, escreveu no Twitter que está a par da situação. “Que Deus abençoe as pessoas de Sutherland Springs.” Além das autoridades locais, o FBI se deslocou à região do incidente para apoiar a investigação.
Logo após os disparos, vizinhos e familiares das vítimas se aproximaram rapidamente do centro religioso com a chegada de vários veículos da política local e estatal. Carrie Matula, uma testemunha, explicou à NBC que os tiros vieram de uma arma semiautomática. “É uma comunidade pequena, então todo mundo tinha muita curiosidade sobre o que estava acontecendo. Eu estava a 45 metros da igreja”, afirmou.
À cena do crime também se deslocaram serviços de emergência, incluindo helicópteros para carregar os feridos a vários hospitais da região. O Centro Médico Connally Memorial, a poucos minutos da igreja, comunicou à mídia norte-americana que tinha recebido várias vítimas do tiroteio, mas não disse quantas.
A igreja atacada costuma gravar seus cultos em vídeo e por isso vários oficiais do Estado afirmaram à mídia norte-americana que na gravação deste domingo foram encontrados os detalhes do tiroteio.
O governador do Estado, Greg Abbott, ofereceu suas condolências e qualificou o ataque de um “ato do mal”. Em uma mensagem no Twitter, Abbott também agradeceu o trabalho da polícia e assegurou que as autoridades vão divulgar mais detalhes nas próximas horas. O senador republicano e ex-candidato à presidência Ted Cruz também expressou nas redes sociais sua solidariedade às vítimas.
O tiroteio acontece apenas um mês depois do pior ataque armado da história dos Estados Unidos, em Nevada, que resultou na morte de 60 pessoas e mais de 500 feridos. Durante um show de música country, um homem branco disparou rajadas de balas contra milhares de espectadores em uma esplanada no centro de Las Vegas. Em junho de 2015, Dylan Roof, um jovem branco, entrou em uma igreja de Charleston (Carolina do Sul) e matou a tiros nove pessoas afro-americanas no que foi considerado um dos piores crimes de ódio já registrados nos EUA.
Fonte: El País