No momento em que Petrópolis já conta 27 mortos com as chuvas, os dados sobre a omissão dos governos federal e estadual são impressionantes.
Nenhuma casa popular foi construída na cidade. Das verbas destinadas a retirar gente da área de risco foi usado apenas 2 por cento.
Nas contas gerais, o Rio de Janeiro recebeu mais dinheiro do que a própria região serrana, mesmo depois das grande tragédia de 2011.
Petrópolis recebeu R$ 31 mi de um programa chamado Gestão de Risco e R$ 9,4 mi num programa chamado Resposta ao Desastre.
Os governantes choram diante da crise e suas lágrimas se acompanham de grandes promessas.
O bairro de Qitandinha foi objeto de um estudo da URFJ e o texto foi entregue à Prefeitura antes da tragédia de 2011, recomendando a retirada das pessoas.
Em Roma, Dilma Rousseff afirmou que eram necessárias medidas mais drásticas para retirar pessoas das áreas de risco.
Acontece que não é o rigor das medidas que pode alterar esse processo radicalmente, mas sim a confiança das pessoas de que serão amparadas por programas habitacionais do governo.
Sair sim. Mas para onde?
Fonte : Blog do Gabeira