Indicado para assumir o comando da Procuradoria-Geral da República (PGR), o subprocurador Augusto Aras disse a Eduardo Braga (MDB-AM), relator de sua sabatina na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) no Senado, que interessa “a soberania nacional da Amazônia” e que sua posição é a de defender o meio ambiente “sem radicalismos e sem ideologias”.
Aras fez várias visitas ao Senado na última semana e esteve com diversos parlamentares. Braga, assim como outros senadores, fizeram perguntas a Aras sobre diversos temas, como as investigações da Operação Lava Jato. Os parlamentares também quiseram saber sobre a posição do subprocurador a respeito questões relacionadas ao meio ambiente e comunidades indígenas.
O subprocurador tem repetido a parlamentares que fará uma gestão de “estabilidade política” e que ninguém vai “entregar a Amazônia”, mas que analisará as melhores medidas “técnicas, ambientais e econômicas”.
Antes de indicar o sucessor de Raquel Dodge, o presidente Jair Bolsonaro disse mais de uma vez, publicamente, que não queria um “xiita” no Ministério Público na área ambiental.
Braga não perguntou a respeito do seu caso a Aras. Braga é investigado na Lava Jato em um inquérito que tramita no Supremo Tribunal Federal (STF). Se for aprovado no Senado, caberá a Aras decidir se apresenta ou não denúncia contra o parlamentar.
A presidente da CCJ, Simone Tebet (MDB-MS), disse ao blog que Braga entregará seu relatório nesta segunda-feira (16), e ele será lido na quarta-feira (18).
“Já está pautado como primeiro item na CCJ, na quarta-feira será feita a leitura e vista automática porque a sabatina está marcada para o dia 25”, afirmou a senadora.
Enquanto isso, Aras retomará o seu giro pelos gabinetes no Senado nesta semana. Ele ainda quer conversar com cerca de 20 parlamentares antes de sua sabatina.