O PV voltou às ruas mais uma vez neste domingo (4) para protestar contra a flexibilização das regras no uso de agrotóxicos pelo país. Em pouco mais de seis meses da administração Bolsonaro, foram liberados cerca de 300 novos pesticidas, vários deles com substâncias abolidas há tempo pela comunidade europeia pelo seu alto grau de toxidade.
Em São Paulo, o protesto ocorreu na avenida Paulista. Foram distribuídos panfletos de alerta à população e colhidos depoimentos junto a população. Estavam previstas manifestações no Rio de Janeiro, Salvador, Campo Grande e Petrópolis (RJ).
Estiveram presentes várias lideranças da executiva nacional do PV, entre elas Eduardo Jorge e o presidente nacional do PV, José Luiz Penna. Para Eduardo Jorge há um caminho aberto entre o meio ambiente e a agricultura partir do acordo firmado entre a comunidade europeia e o Mercosul. “Mas não será como o comércio estabelecido com a China”, ele adverte. “Haverá regras rígidas do ponto de vista ambiental para a entrada dos produtos brasileiros. Será considerada a qualidade, não mais só a quantidade do que é exportado. Até p isso é preciso que a essa nova legislação dos agrotóxicos seja revista imediatamente.”
Segundo Penna “é preciso conter esse liberou geral na política de liberação de agrotóxicos sob pena de enfrentarmos consequências graves na área da saúde e do meio ambiente futuramente. Isso faz parte de uma lógica mercadológica insana, que não leva em conta princípios de segurança alimentar e ambientais. A população está sendo envenenada gradativamente sem saber.”
No final de junho o PV entrou com uma ação no Supremo Tribunal Federal alegando inconstitucionalidade da política traçada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. A ideia é reverter a decisão que autorizou a liberação desses novos produtos.