Os trabalhos para o desenvolvimento e a implementação de monitoramento sistematizado do Plano Nacional de Adaptação à Mudança do Clima (PNA) foram iniciados nesta terça-feira (21/02), durante a primeira reunião do Grupo de Trabalho Temático para Monitoramento do PNA. Participaram da reunião todos os setores envolvidos com a temática, entre órgãos de governo, setor produtivo e sociedade civil.
O secretário de Mudança do Clima e Florestas do Ministério do Meio Ambiente, Everton Lucero, destacou que “adaptação” é um tema que tende a migrar para a centralidade da agenda nacional pela própria dinâmica da mudança do clima, que tem exigido cada vez mais atenção. “Nós temos um plano que já foi publicado e agora nos cabe acompanhar e monitorar a implementação. E essa não é uma tarefa corriqueira, já que as ações previstas no PNA dependem de uma boa articulação entre todos os setores envolvidos”, reforçou o secretário.
MONITORAMENTO
De acordo com a gerente de Adaptação do MMA, Celina Xavier de Mendonça, é preciso prestar contas à sociedade do que está sendo executado. No entanto, para isso, é necessário que um programa de monitoramento e avaliação seja sistematizado. “Por isso pedimos a todos os setores participantes do PNA para que sentássemos e, juntos, construíssemos esse sistema. A ideia é que a gente saia hoje daqui, pelo menos, com um plano de trabalho desse grupo montado e com as diretrizes básicas do sistema construídas em conjunto”, destacou a gerente.
“Nós optamos por fazer de um modo, talvez, um pouco mais complexo. Mas que envolva mais participação. Esse não é um plano do Ministério do Meio Ambiente. É um plano do governo brasileiro, e mais, da sociedade brasileira também”, acrescentou Everton Lucero.
ADAPTAÇÃO
O Plano Nacional de Adaptação à Mudança do Clima (PNA) foi instituído em maio do ano passado e tem como objetivo promover a redução da vulnerabilidade nacional à mudança do clima e realizar uma gestão do risco associada a esse fenômeno.
Uma estratégia de adaptação envolve a identificação da exposição do país a impactos atuais e futuros com base em projeções de clima, a identificação e análise da vulnerabilidade a esses possíveis impactos e a definição de ações e diretrizes que promovam a adaptação voltadas para cada setor.
Celina Xavier explica que vários ministérios já desenvolvem programas relacionados à Adaptação. Segundo ela, um exemplo dentro do MMA é o Programa Água Doce (PAD). “Embora não tenha sido concebido como um programa de Adaptação, na prática, o PAD é um deles. Ele constrói para diversas comunidades vulneráveis estratégias de adaptação à realidade climática que é a seca, a escassez de água. Como o Água Doce, existem diversos programas do MMA que são projetos de Adaptação”, informou a gerente.
Assessoria de Comunicação Social (Ascom/MMA): (61) 2028-1227